O mundo
agoniza pela orquestração de conflitos que se multiplicam acobertados por
explicações e justificativas que apenas encobrem a incapacidade humana de parar
para ouvir o outro. As razões aludidas, verdadeiros tratados de diplomacia,
parecem querer transformar as mútuas ações danosas em causas nobres, quando na
verdade apenas expõem a face vergonhosa de uma espécie que representa o apogeu
da existência da vida no planeta, que é a nossa casa. Os espetáculos de barbaridades,
que escondem a cobiça de capital e poder, tornam a vida das pessoas algo
inexpressivo diante da necessidade de exploração e conquista.
Cabe-nos
a reflexão a respeito das engrenagens camufladas por trás das decisões que
cerram fileiras de pelotões de guerra gerando também os conflitos armados. Nada
existe sem que alguém dotado de aptidões humanas ordene. Coisa alguma acontece
sem que homens e mulheres alçados ao poder, munidos da condição de governantes,
dêem a palavra final. As grandes desavenças que comprometem a existência de
milhões de pessoas em torno do mundo se resumem a uma canetada de alguém
igualmente humano, destituído de aptidão especial para decidir a respeito da
vida dos outros, senão portador de uma condição política que, se levada a
sério, o obrigaria a gerar o bem estar dos seus concidadãos. Então por que a
geração dos conflitos?
A resposta
parece simples, apesar da dificuldade em produzir as soluções. A ação dessas pessoas
poderosas é a mesma que vemos acontecer todos os dias no seio das residências e
das famílias. A impaciência em ouvir o outro na rotina do dia a dia, a
intolerância com as opiniões que diferentes, a busca de cerceamento da
liberdade das pessoas queridas, a irritação diante dos pequenos problemas, a
perda da serenidade quando deixamos de ter o controle das pequenas situações,
em suma a incapacidade de ver-nos uns aos outros como companheiros de jornada.
Se perguntássemos o real motivo de tudo isso a Jesus é provável que Ele nos
respondesse tratar-se apenas da nossa falta de habilidade em fazer ao outro o
que gostaria que o outro nos fizesse.
Essa
mesma condição que deflagra as guerras domésticas, que dizima famílias pela
ambição envolvida na partilha de heranças, na divisão de trabalhos domésticos,
na negligência às crianças e idosos, no desrespeito à opinião, essas condições
são aquelas mesmas que levam os mandatários da política a decidirem quanto aos
comandos para explodirem bombas e agredirem povos tornando-os escravos.
A
solução responde pelo nome da unidade EU, pela qual TODOS respondemos. Por isso
tão difícil de ser alcançada. Eu posso tornar o mundo diferente, mas será que
eu quero tornar o mundo diferente? Eu quero mesmo fazer a diferença? Eu
compreendi que o mundo pode melhorar caso me torne melhor? Essas perguntas
formuladas pelas pessoas de vida simples ou pelos poderosos do mundo, talvez
fosse a chave para todos os conflitos que nos envolvem.
O
propósito em mudar os graves problemas do mundo bem que poderia iniciar com a
disposição honesta em parar com as batalhas domésticas nossas de todos os dias.
Apenas a educação espiritual da família é que pode produzir governantes
ocupados com a paz na Terra.
¹
editorial do programa Antena Espírita de 06/08/2017.
Houve programa Antena Espirita no dia 06/08? Nao consegui sintonizar a Radio AM Cidade 860. Que pena, pois gosto muito do Programa.
ResponderExcluirOlá, Wellington, realmente não houve o programa, pois a estação estava fora do ar.
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