Predição relativa ao “Final do
Mundo”?
O Evangelho de Mateus, precisamente no capítulo
24, versículo 19 e o Evangelho de Lucas, capítulo 21, revelam a profecia de
Jesus, fazendo menção a dias terríveis pelos quais já está passando a
Humanidade, principalmente em relação às mulheres grávidas.
A Doutrina Espírita, revestida de uma fé
raciocinada e enfatizando o incomensurável amor de Deus, com muita propriedade,
esclarece que não haverá o aterrorizante e escatológico “fim do mundo físico”,
o que revelaria desamor à Humanidade por parte de seu Criador, o que fere
enfaticamente a razão e o bom senso. O Mestre abordou, com muito realce e
determinação, o chamado fim do mundo moral, a grande transformação que
acontecerá, em nosso orbe, evoluindo de “mundo de provas e expiação” para
“mundo de regeneração”.
O ensino de Jesus é de extrema clareza à luz da
revelação do Consolador Prometido (João 16:7-14), esclarecendo que muitos
sinais aconteceriam, antecedendo a sublime separação do joio do trigo, sendo
colocados à esquerda os seres inferiores, ainda não esclarecidos, que não
poderão, na Terra, mais permanecer. Contudo, nenhum toque de mágica será
responsável por esse sublime acontecimento, porquanto os espíritos não
esclarecidos não deixarão a Terra, “senão quando daí estejam banidos o orgulho
e o egoísmo”, desde que somente “por meio do progresso moral e praticando as
leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela
afastará os maus” (Questão 1019 de O Livro dos Espíritos), o que parece estar
ainda muito longe de acontecer. Contudo, na falta do amor, sempre surgirá a dor
para despertar mais rápida a Humanidade e reeducá-la.
Chegou a
hora na qual o Cristo não falaria mais por parábolas, mas abertamente acerca do
Pai (João 16: 25) e o Espiritismo, sendo a Doutrina do Consolador, enfatiza a
necessidade da instrução moral do homem, proporcionando os subsídios
necessários para a implantação do bem, na Terra, onde serão vivenciados o amor
e a justiça. Para que esse estado de direito surja o mais acelerado possível é
necessária uma pedagogia integral, como a espírita, reafirmando que a fonte do
bem e da felicidade serão conquistadas pelo homem através dos seus próprios
esforços e para que isso se concretizem serão necessários também suplantar os
flagelos morais que assolam o planeta.
BOX-1: A Importância dos Flagelos para a
Reeducação dos Espíritos Reencarnados.
A questão 737 de “OLE” esclarece o porquê da
ocorrência das calamidades destruidoras. Os excelsos Instrutores da Dimensão
Extrafísica afirmam que a razão das catástrofes é permitir o avanço da
Humanidade mais depressa. Enfaticamente ressaltam “ser a destruição uma
necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova
existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento. Preciso é que se veja o objetivo, para que os
resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os
apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que
vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que
mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize
em alguns anos o que teria exigido muitos séculos”.
Na questão 738, Allan Kardec pergunta “se Deus
não poderia empregar, para melhorar a Humanidade, outros meios que não os
flagelos destruidores”. Prontamente, recebe a seguinte resposta: “ — Sim, e
diariamente os emprega, pois deu a cada um os meios de progredir pelo
conhecimento do bem e do mal. E o homem que não os aproveita; então, é
necessário castigá-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir a própria fraqueza”.
O Codificador continua a perquirir a
Espiritualidade Superior: “Como nos flagelos, porém, o homem de bem sucumbe
como os perversos; isso é justo?”. O esclarecimento, tão importante como a
pergunta, se fez presente: “Durante a vida, o homem relaciona tudo a seu corpo,
mas, após a morte, pensa de outra maneira. Como já dissemos, a vida do corpo é
um quase nada; um século de vosso mundo é um relâmpago na Eternidade. Os
sofrimentos que duram alguns dos vossos meses ou dias, nada são. Apenas um
ensinamento que vos servirá no futuro. Os Espíritos que preexistem e sobrevivem
a tudo, eis o mundo real. São eles os filhos de Deus e o objeto de sua
solicitude. Os corpos não são mais que disfarces sob os quais aparecem no
mundo. Nas grandes calamidades que dizimam os homens, eles são como um exército
que, durante a guerra, vê os seus uniformes estragados, rotos ou perdidos. O
general tem mais cuidado com os soldados do que com as vestes” (Q. 738-a de
“OLE”).
Quanto às vítimas das catástrofes, os
Benfeitores do Além afirmam que “se considerássemos a vida no que ela é, e
quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríamos.
Essas vítimas terão noutra existência uma larga compensação para os seus
sofrimentos, se souberem suportá-los sem lamentar” (Q. 738-b de “OLE”).
Kardec faz o seguinte comentário, tão brilhante
como as respostas dos Espíritos Superiores: “Quer a morte se verifique por um
flagelo ou por uma causa ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora
da partida: a única diferença é que no primeiro caso parte um grande número ao
mesmo tempo.
“Se
pudéssemos elevar-nos pelo pensamento de maneira a abranger toda a Humanidade
numa visão única, esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais do que
tempestades passageiras no destino do mundo”.
Aprendemos, na Doutrina Espírita, que “os flagelos
são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de
mostrar a sua paciência e a sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo
tempo que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse
próprio e de amor ao próximo, se ele não for dominado pelo egoísmo” (Q. 740 de
“OLE”).
“Muitos flagelos são as consequências da própria imprevidência do homem.
À medida que ele adquire conhecimentos e experiências, pode conjurá-los, quer
dizer, preveni-los, se souber pesquisar-lhes as causas. Mas entre os males que
afligem a Humanidade, há os que são de natureza geral e pertencem aos desígnios
da Providência. Desses, cada indivíduo recebe, em menor ou maior proporção, a
parte que lhe cabe, não lhe sendo possível opor nada mais que a resignação à
vontade de Deus. Mas ainda esses males são geralmente agravados pela indolência
do homem” (Q. 741 de “OLE”).
BOX-2: O Flagelo criado pelo Vírus ZIKA.
Triste a constatação de que a doença é
consequência do descaso do governo e da população, deixando que a moléstia
assuma proporções tão sérias e preocupantes. Afinal, um simples inseto é o
agente transmissor do vírus. Contudo, o mal produzido pelo homem é aproveitado
pela Legislação Divina para servir de acicate à sua evolução espiritual. O que
o homem semear, terá de colher, “o plantio é livre, mas a colheita é
obrigatória”: “O escândalo é necessário, mas daquele por quem vem o escândalo”
(Mateus 18:6).
A Humanidade terrena, ainda não esclarecida e
pouco evoluída, necessita de um orbe propício ao seu crescimento moral e
intelectual, denominado de “mundo de provas e expiações”, onde a Lei Divina,
inserida na própria consciência de cada ser, exerce sua bendita justiça. O mal
é decorrência do mau uso do livre-arbítrio, consequente à imperfeição humana,
não havendo a obrigatoriedade de ser praticado.
Através do assolador egoísmo, os homens criaram
a extrema riqueza e, consequentemente, a extrema pobreza. A Lei Divina
aproveita esses fatores ambientais como valia-se da escravidão negra, ainda
tira proveito da guerra, tudo criado pelo próprio homem, para resgate ou
reeducação dos espíritos endividados no pretérito destoante, necessitando
“nascer de novo” na carne, visando sua própria regeneração. É importante frisar
que a própria opressão leva os oprimidos a superá-la. Sem esse processo
dialético, não haveria crescimento espiritual.
Digno de menção que a Organização Mundial da
Saúde (OMS) declarou emergência médica global no dia 1º de fevereiro em
decorrência da disseminação do zika, havendo forte suspeita de que possa estar
o vírus ligado à microcefalia e à síndrome de Guillain-Barré. A primeira é uma
doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a
sua idade, afetando o seu desenvolvimento mental, porque os ossos da cabeça se
unem precocemente, impedindo que o cérebro cresça e se desenvolva normalmente.
A segunda é uma doença neurológica grave caracterizada pela inflamação dos
nervos e fraqueza muscular, com desenvolvimento rápido e piorando ao longo do
tempo, podendo deixar o indivíduo paralisado em menos de 3 dias, sendo capaz de
chegar ao êxito letal. Felizmente, alguns pacientes não são afetados
gravemente, apresentando somente fraqueza nos braços e nas pernas.
O vírus já foi encontrado na placenta e no
sêmen, havendo suspeita de contágio por transmissão sexual. Especialistas em
infectologia, ressaltando que a placenta e os testículos são órgãos que
dificultam a ação do sistema imunológico, afirmam que há possibilidade do zika
persistir e de se multiplicar, sendo mais difícil combatê-lo.
Dada a forte possibilidade do embrião e do feto
serem atacados pelo vírus, as autoridades pedem que as gestações sejam adiadas.
Os materialistas surgem, advogando o assassinato cruel e covarde dos bebês pelo
execrável aborto, sem amparo moral. A interrupção arbitrária de uma vida
durante a gestação pode acarretar problemas sérios de ordem física e
psicológica, mesmo quando realizada legalmente, em boas condições hospitalares.
Dilacerar ou sugar o indivíduo, na fase embrionária ou fetal, já abrigado no
refúgio materno, sentindo-se amparado e preparando-se para viver entre nós, é,
sem dúvida, um ato verdadeiramente selvagem e bestial. Se o corpo humano
estivesse apenas restrito à parte material, física por excelência, da vida,
assim como acredita o materialista, mesmo assim o aborto se apresenta como um
horripilante, empedernido e insensível crime. Existe no cadinho materno um ser
vivo, um indivíduo com características próprias, e não um simples apêndice do corpo
da mãe.
Os espiritualistas sabem que o acaso não existe
e o ensino espírita ratifica igualmente que nem todos os afetados pela doença
sofrerão a microcefalia e o comprometimento em outros órgãos. Para a ciência
não há a devida explicação para esse fato, sabendo a Doutrina Espírita que só
serão incididos pelo flagelo produzido pelo zika os espíritos que precisam se
defrontar com a devida expiação, necessária para reparar o mal que se encontra
provisoriamente vincado nos recessos da alma e que foi criado em vivências
pretéritas. Na mesma intensidade em que se devotaram ao mal, alimentando-o e
abrigando-o dentro de si, terão, no momento certo, quando surge a chance da
reencarnação, de expiá-lo, mesmo que seja através das consequências de uma
doença causada por um vírus inoculado por um maléfico mosquito.
Além do zica, o vírus da rubéola e o da
citomegalia podem ocasionar lesões como a microcefalia e o retardamento mental.
A presença do espírito desarmônico (expiação) faz com que, aliada à deficiência
imunológica da mãe, os vírus se tornem mais atuantes
Em alguns casos, principalmente por provação,
pode o espírito, mesmo sem estar lesado, escolher uma genitora que lhe
proporcionará a doença física necessária, no momento, à sua evolução. Graças a
esse ensinamento, percebe-se que o indivíduo, “nascendo de novo”, por sua
própria vontade, em respeito ao seu livre-arbítrio e com a ajuda dos espíritos
construtores (seres que trabalham no processo da reencarnação), permite a
embriopatia, deixando de exercer defesa vibratória contra o vírus.
No caso de mães acometidas da doença e que
conceberam crianças normais, a vestimenta espiritual (perispírito) do ser
reencarnante, por não estar comprometida, não dá ensejo à formação de um corpo
físico deformado. A presença harmônica do períspirito impediria a disseminação
dos vírus no concepto, mantendo-os confinados na placenta.
Assim disse o Instrutor Emmanuel, através da
psicografia marcante do saudoso Chico Xavier: “Ante o catre da enfermidade mais
insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita Bondade facilitando, a quem
deve, a conquista da quitação. Por isso mesmo, nas próprias moléstias
reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições cujo termo é
preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência divina. E tal
acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em
todas as circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a
acender a flama de evolução” (Religião dos Espíritos).
Tudo caminha para a regeneração do ser
espiritual que transita na Terra. Deus é Amor e nunca destruiria uma de suas
casas planetárias. Portanto, não existe fim do mundo. O que está acontecendo e
já foi previsto é a preparação para um momento de transição, o qual, segundo Jesus,
será de separação, porquanto somente os bons espíritos herdarão a Terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário