“Andá
com fé eu vou. Que a fé não costuma faiá”, diz o refrão da música do cantor Gilberto Gil. Narra a carta aos
Hebreus que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das
coisas que se não vêem. Cremos que fé é a certeza da aquisição daquilo que se
tem como finalidade.
Sem a
fé racional, nas situações de crise, seja de ordem
econômica ou agravamento da insegurança pública, as relações sociais, pessoais
e familiares se deterioram. Diante das incertezas, é comum que o medo domine as
mentes de uns ou de outros. Pensar que não se conseguirá enfrentar uma doença,
lidar com os erros, a perda do emprego ou dos bens materiais amplia o temor de
muitos. Surge o pânico nalguns ante a chegada da velhice, da solidão, da perda
de um amor e assim por diante. Caminha o tímido sob as ansiedade e desconfortos
psicológicos.
Os irrequietos, os estressados visitam, cinco
vezes mais, médicos que uma pessoa normal. O sintoma crônico da ausência de fé
e do medo estão gerando enigmas físicos e emocionais, tais como infarto do
miocárdio, úlcera e insônia. Para nós, estudiosos do Espiritismo, sabemos que a
solução para o enfrentamento dos embates da vida e do medo é o exercício da fé
coerente, apontando-nos o rumo do equilíbrio emocional. É igualmente a certeza
da reencarnação e a convicção da imortalidade que nos reforça o alimento da fé
diante dos desafios do viver.
Fundamentalmente, a fé deve apoiar-se na razão
sempre. Até porque a fé não é um dom fornecido por Deus para alguém em
especial, nem deve ser imposta de fora para dentro. A fé é o produto da
conquista pessoal na busca da compreensão do caminho correto, das verdades que
permeiam a essência das próprias vidas, por meio do conhecimento, da
experiência, das reflexões pessoais e pelo esforço que se faz para o auto amor
e por entender que o amor é a causa da vida, e a vida é o efeito desse amor.
Na mensagem de Jesus, aprendemos a lição da fé
(transportadora de montanhas) da coragem, do otimismo, do bom senso capazes de
renovar nossas tendências, impedindo que o medo, a depressão e a angústia se
apossem de nosso cotidiano. Até porque “a
fé não costuma faiá”.
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