Final dos tempos? Haverá quem
assim julgue tamanha a sandice generalizada que tomou conta das ocorrências que
ocupam toda a pauta dos noticiários. É como se estivéssemos sob o fogo cerrado
de insensatez e loucura. As mazelas destampam de todos os lados e o conceito
não se alonga às catástrofes naturais, pois o planeta em todas as épocas esteve
em processo de alinhamento geológico, cujo mérito a nossa inteligência está
longe de entender. O pasmo se encontra nas ações destemperadas e criminosas que
o ser humano impõe à própria espécie.
Os fatos variam desde o uso de
armas biológicas que dizimam populações inteiras; passam pelo fechar das
fronteiras aos povos expulsos dos seus territórios tomados de fome e medo;
respondem por bravatas de uso de arma nuclear por homens que deveriam cuidar do
bem estar das populações; queimam crianças e professores em uma creche que deveria
ser protegida pela sociedade. Informações como essas funcionam na qualidade de
incentivos para tornar a visão de futuro uma calamitosa interpretação de
destruição.
Os espíritas, no entanto não
crêem que haja um final para os tempos. Senão o que viria depois? Certamente
uma continuação, do contrário haveríamos de supor que Deus teria falhado no
planejamento de criação e resolvido destruir o que teria construído e é
impossível refletir que a Inteligência Absoluta do Universo possa se equivocar.
Na visão da Doutrina Espírita todas essas intercorrências destruidoras que
assistimos na atualidade apontam para uma urdida estratégia de evolução, na
qual o planeta se prepara para uma mudança de condição espiritual. O
planejamento estratégico é de autoria de Jesus.
Basta uma leitura concentrada
no capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Há muitas Moradas na Casa
do Meu Pai) e o Capítulo I da segunda parte de O Livro dos Espíritos com as
devidas reflexões comparativas para se entender que tanto os Espíritos quanto
os mundos evoluem e que dentro de períodos mais ou menos longos, contados às
dezenas de milênios, acontecem mudanças de patamares evolutivos dos planetas
mercê do crescimento espiritual dos seus habitantes, ocasiões em que Espíritos
atrasados em relação ao planeta em que se encontram são levados para renascimento
em mundos que estejam compatíveis com a sua evolução. O que vemos acontecer nesses
dias é a agonia dos maus que certamente passarão para outras paragens enquanto
a Terra terá paulatinamente a sua paisagem espiritual saneada abrindo espaço
para o Mundo de Regeneração que já está substituindo o estágio de Expiação e
Provas.
As mudanças podem ser
dolorosas. Essa que na cerca é especialmente dolorosa. Jesus, o comandante da
nau Terra sabia que haveria tempo de dor e sofrimento. Trouxe-nos a lição e o
exemplo. Segue conosco sem jamais nos deixar órfãos. Esses que trazem dor ao
mundo um dia aprenderão por mais que tarde. Noutras épocas fomos nós que
patrocinamos o mal e a vida nos permitiu refletir e mudar. Certamente por essa
razão é que Jesus nos pede clemência àqueles que ferem o próximo, pois são
vítimas de si mesmos. Precisamos acreditar na mudança tornando-nos um
construtor do futuro, sob a direção segura de Jesus.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 08.10.2017.
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