Betam Thompson lutou contra um câncer no
cérebro quando tinha apenas 3 anos de idade, e sobreviveu. A cirurgia que
retirou o tumor foi um sucesso, mas deixou uma pequena sequela em seu rosto: a
boca ficou levemente repuxada para a direita. Isso foi suficiente para ela se
tornar alvo de comentários maldosos de outras crianças na escola. Bethany, 11
anos de idade, sofria bullying implacável na escola, até que chegou a um ponto
em que não suportou mais e tirou a própria vida com um tiro. [1]
Caso semelhante ocorreu no Colégio Holy Angels
Catholic Academy, em Nova York, Estados Unidos. Aí estudava Daniel Fitzpatrick,
um aluno de 13 anos, que estava sofrendo bullying. Resultado: Daniel acabou se
suicidando. Deixou uma carta de despedida e dentre outros bramidos de dor moral
escreveu: “Eu desisto”! Disse ainda que os seus colegas da escola o
atormentavam há muito tempo e a direção do colégio não fazia nada a respeito,
mesmo após ele e os seus pais terem feito uma reclamação formal. A resposta do Holy
Angels teria sido “Calma, tudo vai ficar bem. É só uma fase, vai passar”.
Como esquecermos a chacina na Escola Municipal
Tasso da Silveira, de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, em que meninos e
meninas ficaram irmanados num trágico destino. Suas vidas foram prematuramente
ceifadas num episódio de insonhável bestialidade. O assassino Wellington
Menezes de Oliveira, embora com a mente arruinada e razão obliterada, fez sua
opção de atirar contra os alunos que o incomodavam. Numa fita gravada, Wellington
alegou ter sofrido bullying anos antes, na mesma escola; neste caso houve uma
reação violentíssima.
O bullying é uma epidemia psicossocial e pode
ter consequências graves. O que, à primeira vista, pode parecer um simples
apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Crianças e adolescentes que sofrem humilhações racistas, difamatórias ou
separatistas podem ter queda do rendimento escolar, somatizar o sofrimento em
doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços
da personalidade.
Os fatos, chocantes e tristes, trazem dois
alertas a todos os pais e mães: o primeiro deles é estar atento às mudanças de
comportamento dos filhos e buscar ajuda profissional sempre que necessário. O
segundo alerta é falar com o filho sobre o respeito às diferenças. Ensinar
sobre diversidade e tolerância. Essas lições, quando assimiladas desde cedo,
formam pessoas mais empáticas e sensíveis à dor do outro – além, é claro, de
evitar comportamentos agressivos como o bullying.
Urge estabelecer limites aos nossos filhos.
Desde os primeiros anos, devemos ensiná-los a fugir do abismo da liberdade,
controlando-lhe as atitudes e concentrando-lhe as posições mentais, pois que
essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida. Os filhos,
quando crianças, registram em seu psiquismo todas as atitudes dos pais, tanto
as boas quanto as más, manifestadas na intimidade do lar. Por esta razão, os
pais devem estar sempre atentos e, incansavelmente, buscando um diálogo franco
com os filhos, sobretudo amando-os, independentemente de como se situam na
escala evolutiva.
Crianças criadas dentro de padrões de
liberalidade excessiva, sem limites, sem noções de responsabilidade, sem
disciplina, sem religião e muitas vezes sem amor, serão aquelas com maior
tendência aos comportamentos agressivos, tais como o bullying, pois foram
mal-acostumadas e por isso esperam que todos façam as suas vontades e atendam
sempre às suas ordens.
Por isso
mesmo, importa ensinar a criança a fugir do abismo da
liberdade, controlando-lhe as atitudes e concentrando-lhe as posições mentais,
pois a infância é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida. A
criança livre é a semente do malfeitor. A própria reencarnação se constitui, em
si mesma, restrição considerável à independência absoluta da alma necessitada
de expiação e corretivo.
Pensemos nisso!
Referência:
Disponível em
http://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2016/11/menina-de-11-anos-que-sobreviveu-cancer-no-cerebro-se-mata-por-sofrer-bullying-na-escola.html acessado em 24/11/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário