Se compreendêssemos melhor os mecanismos das
Leis divinas, que não estão contidas nos livros nem nas instituições
religiosas, mas na própria consciência, evitaríamos infortúnios, ambições e
desonras que definitivamente não estariam em nosso roteiro. Precisamos refletir
as Leis de Deus, a fim de nos conscientizarmos sobre seus mecanismos, que
desfecha tanto reparações (reeducações), quanto bonificações surpreendentes,
sempre justas, judiciosas e controladas pela própria consciência autônoma
(livre arbítrio), as quais expressam a resposta da Natureza, ou da Criação,
contra a desarmonia constituída ou submissões aos códigos divinos inscritos na
consciência do homem em seus suaves aspectos.
Nos estatutos de Deus não há espaço para
“punições”. Ninguém está sujeito ao império estranho do “castigo”, pois este
também não existe. Os altivos regulamentos do Criador, que estão inscritos na
própria consciência, demonstram que a semeadura rende sempre conforme os
propósitos do semeador. Ora, em verdade, a cada um a vida responde conforme
seus esforços ou não de autoaperfeçoamento moral; portanto, não há exceções
para ninguém. Por essa razão, fazer o bem determina o bem; demorar-se no mal
gera a aflição. Por isso, importa a disciplina individual e coletiva, tão
necessárias ao equilíbrio e harmonia da Humanidade.
O principal meio de modificar para melhor o
resultado das nossas ações reside no controle das nossas vontades, pensamentos,
palavras e ações, pois à medida que nos conhecemos melhor, reduziremos ou
modificaremos as desarmonias de consciência e seremos mais independentes para
decidir sobre nosso destino.
Após a desencarnação permanecem os resultados
de todas as imperfeições que não conseguimos melhor graduar na vida física. A
Lei divina da consciência sobre si mesmo institui que felicidade e desdita
sejam reflexos naturais do grau de pureza ou impureza de cada um. A maior
felicidade reflete a harmonia com essas leis, enquanto a desatenção aos próprios
desejos causa sofrimento e privação de alegria. Portanto, todo crescimento
moral alcançado é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos.
Toda imperfeição, assim como toda falta dela
decorrente, traz consigo o próprio sofrimento, inerente natural e inevitável da
Lei “interna”. Assim, a moléstia retifica os excessos e da ociosidade nasce o
tédio, sem que haja imposição externa de “punição” ou condenação especial para
cada falta ou indivíduo.
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