domingo, 21 de janeiro de 2018

O ESPÍRITA NÃO PODE SER "MIRAGAIA DE PRESÉPIO"



Será que Kardec algum dia imaginou que no futuro no Brasil surgiria um padrão de divulgação do espiritismo tão estranho e extravagante? Aqui os palestrantes vão se tornando cada vez mais santificados e adorados pela liturgia mística de ingênuos seguidores “espiritas”.

Tais idólatras espargem ares de ingenuidade e vão abarrotando os indigentes e onerosos congressos espíritas, realizados não por acaso nos amplos centros de convenções, a fim de que haja superávit financeiro tendo em vista a mantença do poder da liderança do movimento espírita tupiniquim.

O tema é recorrente. Empregamos aqui algumas expressões agudas, sabemos disso, porém a postura crítica é fundamental para o desenvolvimento da racionalidade espírita em sua difusão. Sabemos que jamais se aprenderá espiritismo por catequese como ocorre nas religiões tradicionais, nem mesmo por meio de espaçosos cursos (com o uso de apostilas intuído pela FEB) e palestras repetitivas onde o público “ouve” ou “escuta” passivamente.

Espiritismo se aprende pelo método ativo, através do amplo diálogo em que os diversos debates doutrinários, psicológicos, morais, científicos, sociais são discutidos e confrontados com as hipóteses propostas pelos espíritos nas obras de Allan Kardec. Aliás, um congresso espírita, para ser produtivo deveria ter este desígnio.

Basta de idolatrias! O espírita não deve agir qual “vaquinha de presépio”, aceitando “verdades” individuais elencadas por endeusados oradores, pois cada espírita precisa descobrir-se, conhecer a si mesmo e buscar estudar os conceitos que lhe chegam para depois compará-los com os princípios dos Espíritos.

Essa deve ser a postura zelosa do espírita prudente e racional, que busca compreender, para só depois aceitar, se assim o almejar (ou não) as “verdades”empacotadas pelos livros e compactadas pelos bramidos dos ilustres palestrantes.

4 comentários:

  1. Francisco Castro de Sousa22 de janeiro de 2018 às 18:30

    Caro Jorge Hessen, os eventos a que você se refere são de grande importância para divulgação das ideias Espíritas e precisam ser incentivados e apoiados para que essa Doutrina esclarecedora e orientadora chegue ao maior número de pessoas possível e não fique enclausurada nas Instituições Espíritas. Você tem o direito de criticar mas isso não significa que as instituições que assim agem estejam fazendo algo que mereça o desprezo das pessoas que já ostentam grande conhecimento da Doutrina Espírita!

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    1. Caro amigo Castro, seu ponto de vista é considerável. O Hessen não discute a divulgação, mas os modelos de eventos e a idolatria de alguns expositores espíritas. Acho que é preciso se repensar o movimento espírita. Há a necessidade de sairmos desse modelo religioso catequético que enveredamos, e melhorar as dinâmicas dos eventos e a simplicidade das exposições.

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  2. Prezados,o espiritismo tem o seu batismo,o ESDE,chegar num casa espírita sem fazer o esde,você só assiste as palestras,não adianta você tem lido todas as obras básicas,André Luiz,hermínio Miranda,Leon Denis etc.É importante para neófitos que não gostam de ler.
    Napoleão Ximenes

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