Para todos nós que buscamos periodicamente os
recursos dos tratamentos espirituais, em qualquer crença – na forma de entender
e praticar de cada um, o que naturalmente deve ser profundamente respeitado –,
é preciso entender que há um detalhe fundamental na questão: os recursos
existem, são reais, podem até curar, mas necessitam da ativa participação do
paciente, especialmente por meio da vontade, do querer, do esforço por
melhorar-se.
Sejam benzimentos, passes ou outros recursos, a
participação do beneficiado é decisiva.
Vejamos, por exemplo, os passes – prática comum
nos centros espíritas – normalmente buscado por muitas pessoas.
Passe é terapia de superfície, alívio
momentâneo e até duradouro, mas não definitivo. Pode até curar, pode ou não
atingir as causas, pois em muitos casos de fé positiva e merecimento consiga
operar curas de enfermidades graves.
A causa de nossas perturbações reside em nós
mesmos, nas inferioridades morais que todos temos. Por isso, muito mais
importante que o passe, ou busca desses recursos, é o esforço por
esclarecer-se. Esclarecidos, seremos defensores pessoais de nós mesmos.
Saberemos defender a própria saúde, física e espiritual.
As perturbações de ordem espiritual, a
influência de espíritos ou sua presença incômoda é de nossa própria
responsabilidade. Somos nós que lhes permitimos se aproximarem de nós. Quando
sentimos ódio, revolta, inconformação, inveja, ciúme ou outros sentimentos
mesquinhos, verdadeiramente escancaramos nossas defesas espirituais e os
espíritos infelizes encontram livre acesso para nos perturbar.
Conclui-se em breve raciocínio que NÃO ADIANTA
viver recebendo passe e NÃO MELHORAR o comportamento. E isto se compreende de
maneira muito ampla quando se estuda. Nossa preferência deve ser de procurar
antes reuniões de estudos, palestras, estudo dos livros, para conhecer com
profundidade as causas das enfermidades, das perturbações.
É comum encontrar-se o Centro cheio em dia de
passe. Reduzido, porém, em dia de estudos ou nas palestras doutrinárias. Ora,
isto é um equívoco tremendo. Valoriza-se demasiadamente a tarefa do passe, em
detrimento do que o Espiritismo possui de mais belo - o seu conteúdo
doutrinário. Este sim precisa receber prioridade dos dirigentes espíritas para
levá-lo ao conhecimento do público e também receber nossa preferência, quando frequentadores
dos Centros.
O estudo espírita é altamente terapêutico,
preventivo. Abre a mente, esclarece o raciocínio. Mas, aqui também, não se
iluda. O estudo requer perseverança, continuidade, interesse... A Doutrina
possui material de estudo e reflexão para a vida toda.
Projeto Imagem
O passe é importante? Claro que sim! Muito
importante. Mas é tarefa e recurso secundário. Somente o estudo ensina a pessoa
a auto defender-se. Conhecer a Doutrina Espírita deve ser nossa meta. Ela não
veio para ficar nas estantes. Veio para ser conhecida, ajudar o homem.
Desprezá-la demonstra desconhecimento da grave responsabilidade de que estamos
investidos e também total desconsideração ao público que pretensamente julgamos
atender.
Complementando o artigo postado anteriormente, recomendamos reflexões sobre o vídeo do Dr. Sérgio Lopes
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