O que é o tempo ?
O tempo é um elemento volátil
e inagregável, considerado e mensurado pela mente humana na Terra.
Há informações de que ele não
existe em outras dimensões habitadas e a ciência tenta confirmá-lo. Ele é
volátil porque ninguém o recolhe ou abriga, ele passa instantâneo e não volta.
É inagregável porque não se une a outros elementos, a exemplo dos gases, que
embora também voláteis, podem ser encontrados na natureza em abundância, puro
ou compondo-se com elementos semelhantes ou de mesma espécie.
Numa interpretação simples, é
a “duração relativa das coisas que cria
no ser humano a ideia de presente, passado e futuro; período contínuo no qual
os eventos se sucedem” ou “determinado
período considerado em relação aos acontecimentos nele ocorridos; época”, segundo
os dicionaristas.
É o Tempo ainda conceituado por
estes como “a duração dos fatos, o que
determina os momentos, os períodos, as épocas, as horas, os dias, as semanas,
os séculos etc. A palavra tempo pode ter vários significados diferentes,
dependendo do contexto em que é empregada.
Observa Hermínio Correia de
Miranda que a definição de tempo pode parecer aparentemente simples, mas não
nos iludamos, porém, com a sua enganosa simplicidade, pois é claro que todos
conhecemos as noções usuais sobre o tempo como sucessão de minutos, dias, anos,
séculos, etc., mas experimente o leitor mergulhar um pouco mais fundo e ficará
literalmente abismado ante a complexidade do fenômeno tempo (A Memória e o Tempo - 6 ª edição
1993– publicações LACHÂTRE- p. 17).
Santo Agostinho, que não era
nenhum ignorante, confessou honestamente a sua dificuldade em definir o tempo.
Escreveu ele:
Que é, então, o tempo? Se
ninguém me perguntar, eu sei; se desejo explicá-lo a alguém que me pergunte,
não sei mais (Agostinho, santo, 1952).
Encontraremos perplexidades semelhantes a essa
em muitos gigantes do pensamento, desde Platão, Aristóteles e Plotino até Kant,
Hegel, William James e Freud. E ainda deixaremos de fora uma multidão de poetas
e literatos em geral. Shakespeare, por exemplo, em seus estupendos sonetos,
expressa de mil maneiras a sua obsessiva fixação na inexorabilidade do tempo e
de seus efeitos destruidores sobre a beleza física de seu amado e misterioso
amigo.
Na mitologia grega, Cronos,
que tanto significa tempo, como impossível, era filho de Urano e de Gê
(Céu e Terra). Seus pais o advertiram de que seus próprios filhos o destruiriam
e, por isso, ele os devorava à medida que iam nascendo. Bela imagem para figurar
a noção de que o tempo tudo destrói, até aquilo que nele próprio foi criado.
Parece, no entanto, que a
ninguém interessou tanto a ideia de tempo quanto a Aristóteles, especialmente
na sua física. Sua penetrante análise
ainda hoje nos impressiona. Para ele o tempo seria uma quantidade contínua
formada de passado, presente e futuro, como um todo. Mas quando ele desce às
profundezas da especulação, não sabemos mais se presente, passado e futuro
seriam meros rótulos para fins didáticos. Isso porque é próprio da essência de
uma quantidade contínua ser divisível. Podemos dividir o tempo ? Aparentemente,
sim. Temos o ontem, o hoje e o amanhã, contudo, examinemo-los de perto.
Segundo Aristóteles, o hoje,
ou melhor, o agora é uma partícula
indivisível do tempo, encravada entre o passado e o presente e que, de certa
forma, tem de pertencer um pouco a cada um deles, do contrário não poderia
ligá-los. Em outras palavras, há de coexistir, no momento a que chamamos
presente, um pouco de passado e um pouco de futuro:
O ‘agora’ é o fim e o
princípio do tempo, não ao mesmo tempo, contudo, mas o fim do que passou e o
início do que virá.
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