Silêncio. Escuro. Vida se formando no
laboratório extraordinário que a ciência condicionou chamar de útero. Nesse
recinto reprodutivo, uma réplica do gênero humano se encaminha para uma viagem
pelas calçadas do mundo, onde a sociedade igualmente humana o espera com
finalidades pouco específicas, tamanhas e diversas são as expectativas que
povoam as mentes dos diversos grupos de pessoas. Essas pessoas que o aguardam
não lembram, mas passaram pelas mesmas fases que agora, aquele viajante em suas
primeiras experiências, vivencia.
Por
que impedi-lo de completar a sua maturação e frustrar a sua vinda ao mundo? Não
tivemos nós a mesma oportunidade? Pelo senso da lógica, alguém de nós
aplaudiria a retirada do nosso corpo do útero de nossa mãe em plena gestação? E
se alinhássemos todas as justificativas utilizadas pelos defensores do aborto,
no caso de nossa gestação, tais razões nos seriam plausíveis?
Afinal,
quem está lá no oceano de liquido amniótico, flutuando, é alguém que, está
provado pela evidência de tantos bilhões que já nasceram, é uma pessoa dotada
de capacidades que só precisam de tempo para se desenvolver. Jesus Cristo,
Einstein, Beethoven, Picasso passaram pelo aval da gravidez. Alguns dirão que
também Hitler e Mussolini, o que não deixa de ser uma grande verdade, mas
alguém pode ser condenado antes mesmo de mostrar a que veio? Ademais, desses
últimos, a lista é muito menos numerosa em relação àquela dos que vieram trazer
sabedoria, conhecimento e arte para o mundo.
É
muito comum relatos de indivíduos que por pouco não sofreram aborto e se
transformaram ao longo de suas vidas o esteio moral e financeiro de suas
famílias, na proteção aos seus pais em suas horas de necessidade de toda ordem.
Como aconteceria se tivessem sido abortados?
A
prática do aborto é um ato cheio de complicações e consequências. Mente para si
mesmo quem julga que pode praticá-lo e seguir curso normal da vida. Romances
abreviados, caminhos desviados, famílias despedaçadas, infertilidades, sensação
de vazio, pessoas desconectadas. Tudo escondido na ignorância dos prejuízos
gerados por aquela atitude. Muitas mulheres buscam em cada fase da vida dos
filhos que nasceram de outras mulheres como estaria o seu filho, arrancado das
entranhas. Essas circunstâncias passam de uma para outra existência, quando,
então, são ainda mais ignoradas.
Ninguém
ofende à vida sem ofender a si mesmo. Não importa se há ou não uma lei dos
homens que torne o aborto um ato considerado legal. Afinal tantos países já
aprovaram, não é? O Espírito a quem a porta se fecha, certamente haverá de
encontrar outras oportunidades, na certeza de que não se sofre injustamente
esse tipo de rejeição. E aquele que o abortou?
Felizmente
a Lei Divina é inabalável. Somos condenados à perfeição. Não importa o quanto
demore. Dia virá em que o senso comum haverá de referendar a vida como o maior
bem e aí protegeremos todo ser que aporte à Terra como um sinal inequívoco de
renovação dos tempos, como sucedeu na chegada de Jesus ao planeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário