Quando morre alguém, sentimo-nos todos tomados
por um sentimento de perda e dor. É natural, gostamos da pessoa e desejamos que
continue vivendo conosco. Mas, a morte é a única certeza da vida e está
enquadrada nos acontecimentos normais da existência de todo mundo. A todo
instante, partem jovens e velhos, sadios e enfermos...
E muitos perguntam, talvez temerosos do momento
em que também enfrentarão a circunstância e acerto de contas com D. Morte: ela
dói? O que ensinam os espíritos a respeito?
Em O Livro dos Espíritos, há um capítulo
inteiro sobre o assunto: é o III, do livro segundo, com o título Retorno da
vida corpórea à vida espiritual. As questões 149 a 165 esclarecem o assunto.
Para não ficarmos em simples transcrição das respostas dadas pelos espíritos,
fizemos breve resumo de forma didática para melhor entendimento do assunto. Mas
remetemos o leitor à pesquisa direta às questões citadas.
No instante da morte, todo homem retorna ao
mundo dos espíritos, pátria de origem; Uma vez no chamado outro mundo, conserva
plenamente sua individualidade; A separação da alma e do corpo não é dolorosa.
O corpo sofre mais durante a vida que no momento da morte;
A alma se liberta com o rompimento dos laços
que a mantinham presa ao corpo;
A sensação que se experimenta no momento em que
se reconhece no mundo dos espíritos depende do que fizeram em vida. Se foram
bons, sentirão enorme alegria. Se foram maus, sentirão vergonha;
Normalmente reencontra aqueles que partiram
antes, se já não reencarnaram;
A consciência de si mesmo vem aos poucos.
Passa-se algum tempo de perturbação, convalescente, cujo tempo de duração
depende da elevação de cada um;
Compreender antes o assunto exerce grande
influência sobre o tempo de perturbação, mas o que realmente alivia a
perturbação são a prática do bem e a pureza de consciência.
Indicamos ainda ao leitor, estudar o livro O
Céu e o Inferno, também de Allan Kardec, onde há diversas descrições do momento
da morte e do pós-morte, de espíritos nas mais variadas condições evolutivas. O
livro Depois da Morte, de Léon Denis e Obreiros da Vida Eterna, de André
Luiz/Chico Xavier também traz muitas explicações sobre o interessante tema. Há,
também, uma série enumerável de livros de mensagens enviadas por desencarnados
aos entes queridos que ficaram. Entre eles, o famoso Jovens no além, de 1975,
recebido por Chico Xavier. O filme Joelma 23º andar, baseado no incêndio
ocorrido em São Paulo, mostra bem a questão da continuidade da vida.
Não tema a morte. Ela faz parte do processo evolutivo.
Viva de maneira prudente, faça o bem que puder e quando soar seu momento, vá
sem medo. Mas nunca a busque ou a precipite. Tudo tem seu momento na vida e
todos temos algo a fazer num tempo programado. Para aqueles que foram antes,
guarde a convicção de breve reencontro e ore pela felicidade deles. Eles
receberão a mensagem de seu coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário