Quem é Jesus em nossas vidas? O que representa
mesmo sabermos que passou por esse mundo e deixou uma série de fatos,
controvérsias e sugestões para o que julgava ser a construção de um novo tempo?
Afinal qual a importância que, na prática, atribuímos aos ensinamentos que nos
foram deixados? Realmente Jesus é importante?
Sabemos
que foram erigidos centenas de milhares de templos, de denominações diversas,
todos tendo a sua referência conceitual como centro de suas práticas. Nesses
templos foram criadas fórmulas de adoração e meios de divinização do seu nome.
Práticas que ficam dentro das paredes desses templos como uma relíquia do
pensamento tão somente. Para que isso fosse possível tomamos um velho jargão
pelo qual a “teoria na prática é outra”, a fim de embasar uma atitude deformada
diante da lição que deveria ser base para a sua ação.
Lógico
que havemos de suspeitar que Jesus, na altura de sua visão isenta das
imperfeições que nos permeiam, entenda que a nossa presença nos templos nos
tragam à consciência a sua imagem e lembrança, quando em seu nome realizamos as
tarefas espirituais que nos competem. Certamente também haverá de acolher a
nossa fragilidade em esquecê-lo tão logo nos retiremos dos locais feitos
sagrados para a sua evocação, quando passa a valer a regra do mundo em nossas
ações. Afinal Jesus, dotado de sua capacidade incomensurável de perdoar,
enxerga que cada um de nós haverá em tempo próprio alcançar um estágio de
conviver na vida das relações sociais e materiais com os mesmos elementos utilizados
no contexto espiritual.
Destacar
a importância de Jesus em nossas vidas é principalmente saber quais os
princípios intrínsecos e extrínsecos estão presentes em sua mensagem para
tornar possível adequá-los às escolhas nossas de todos os dias, quando
convidados ao testemunho de nossos corações a respeito das questões que derivam
no plano da convivência com os nossos pares.
Descobrir
o papel que nos compete como difusor no mundo da idéia do Cristo (não
exatamente as mesmas estabelecidas pelos cristãos) é tarefa das mais difíceis e
não poderia ser diferente. Jesus foi imolado e incompreendido por tais idéias e
não poderia ser de outra forma, porque elas eram desafiadoras e instituía direitos
e deveres intransferíveis. E simplesmente a nossa fraqueza ética e moral se
traduzem muitas vezes em buscar desvios de facilidade que nos fazem lembrar a
advertência Dele mesmo quando chama a atenção para os embaraços da porta larga,
a qual é sedutora, mas nos leva aos deslizes habituais do pensamento e da
atitude.
No
afã de descobrir o que Jesus faria em nosso lugar se tivesse que responder ou
corresponder a um desafio poderemos revalorizar a importância do caminho em que
dispomos os nossos pés. Para tanto é essencial ter uma clara definição quanto à
importância de sua imorredoura mensagem e diante da dificuldade que nos visitam
diariamente, abrir olhos e ouvidos, e questionar ao Mestre: Senhor que queres
que eu faça?
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