No entanto, nossos movimentos não se dão de
pronto e nem são lineares. Somos indivíduos com momentos distintos na oscilação
dos dias. O ser humano comum não apresenta constância previsível e estável, ao
contrário, somos pessoas com imensas variações no campo emocional e psíquico.
Poderíamos dizer que nosso território interior segue o modelo da parábola de
Jesus. Temos dentro de nós o terreno pedregoso, os espinheiros e a terra boa.
Dito de outra maneira, também podemos conceber que apresentamos momentos distintos
no nosso território mental, há períodos em que estamos prontos para novos
plantios, em outros não.
O ser humano não apresenta uma constância
unívoca em seu mundo interno e sim possibilidades maiores ou menores de
criações e transformações.
Quando Jesus propõe a parábola do semeador,
parece-nos que também nos oportuniza pensar sobre nossa própria experiência
interior, ou seja, nossa semeadura íntima. As diversas sementes de crescimento
que a vida nos oferece constantemente também encontram em nós múltiplos
territórios possíveis. As vezes somos “espinheiros”, em outras ocasiões, somos
“terra boa”. São as variadas circunstâncias de nosso amadurecimento emocional,
psicológico e espiritual nos quais nos apresentamos com diferentes
possibilidades de assimilação.
Proponho, nesse espaço, uma reflexão menos
antropomórfica e mais simbólica, de representações nessa parábola de Jesus.
CONTINUA
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