A inteligência se move através de conceitos.
Não exatamente como um sinônimo de definição, mas na qualidade de uma percepção
que a própria Matemática, enquanto ciência viabiliza. Consideremos que o
conceito é aquela compreensão que sofreu as discussões necessárias para se
estabelecer como pedra de toque, sem que se obrigue a uma retórica explicativa.
Daí sabermos que a camada azul que recobre a Terra é o Ozônio e não o céu dos
pagãos; o planeta é uma esfera algo achatada nos polos e gira em torno do Sol,
o que garante o calendário; o dia e a noite são estabelecidos pelo giro dessa
esfera em torno do próprio eixo. Há pontos de encontro no inconsciente coletivo
que superam as controvérsias, sob o risco grave de criar-se uma via de
retrocesso, tal aquele que foi patrocinado pelas lutas religiosas que
inventaram que as premissas científicas eram uma declaração de guerra entre o
Ser Humano e Deus, um desses períodos passou para a História como a idade das
trevas.
A evolução da humanidade, a superpopulação, a concentração urbana, as
descobertas da ciência, o choque de comportamentos, os movimentos libertários,
a desigualdade socioeconômica, a contribuição da informática colocando todos
esses fatores dentro de um simples celular formam um caldo social de difícil
governança. Para aqueles que miram o paraíso como aquela visão descrita para o
Jardim do Éden deve ser uma complicação viver com essa discrepância. Esquecem
que foi uma determinação da própria evolução o abandono pelos seus poucos
habitantes daquela mítica região e, diga-se de passagem, sem chance de aumento
populacional, pois segundo consta havia Adão, Eva e dois filhos apenas, ambos
por geração espontânea, pois os seus pais viviam desnudos e não tinham atração
sexual para procriar.
O entendimento da ciência é que o Homo sapiens deve ter aparecido na
Terra entre 250 e 300 mil anos por achados arqueológicos realizados na África e
não houve nenhuma civilização paradisíaca, o que contrasta com a descrição e a
cronologia bíblicas. Os estudos de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace,
similares na forma e díspares na essência, trazem à baila a Teoria da Evolução
das Espécies e ao contrário do que se intenta propagar em nada ofenderam a
Deus, senão tornou mais absoluto e magnífico o Seu poder.
Allan Kardec questiona a respeito dos primeiros povos, em O Livro dos
Espíritos (q. 50): “A espécie humana começou por um só homem? – Não; aquele que chamais Adão não foi o
primeiro nem o único a povoar a Terra”. E comenta em sequência à questão 51: “O
homem cuja tradição se conservou sob o nome de Adão foi um dos que
sobreviveram, em alguma região, a um dos grandes cataclismos que em diversas
épocas modificaram a superfície do globo, e tornou-se o tronco de uma das raças
que hoje o povoam...”.
Há muitos desafios à frente. O que
aprendemos até agora é mínima fração diante das conquistas que virão. Quanto
mais demorarmos requentando temas que estabeleceram Conceitos humanos, menor a
escala de crescimento que alcançaremos no futuro. É importante buscar o
progresso e fugir da contramão da história. Quão mais rapidamente percebermos
que Deus e a Natureza são concordes em TUDO maior será o entendimento de que o
grande milagre é a VIDA e de resto tudo é paulatino e processual, sob as Leis
Universais que mantêm a harmonia de todos os Universos paralelos - a Casa de
Deus.
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