É inquietante a invasão de falsos médiuns,
especialistas nas fraudes “mediúnicas”, “psicografando” supostas cartas do
além, valendo-se financeiramente da venda de livrescos de sua autoria. A
armadilha da traiçoeira “mediunidade” para eventual “contato com falecidos” tem
sido montada nos shows públicos dos ambientes espíritas (infelizmente!).
Tais estelionatários inventam seitas sob
“inspiração” de imaginários espíritos que trazem nomes de notórias “santas e
padroeiras”. Em torno desses falsários se promovem excursões (romarias) para
que enlutados acompanhem o charlatão até às cidades em que são convidados para
fazerem espetáculo de falsas psicografias.
São charlatões mediúnicos que utilizam do
poderoso argumento da “psicografia” para enganar os ignorantes, especialmente
os emocionalmente mais vulneráveis. São falsos médiuns que auferem vantagens
pessoais, alimentando a fama entre os idólatras (“inocentes úteis”). Embolsam
dinheiro com a vendas de livrescos superlotados de ilusões. São dissimulados e
abiscoitam doações para “seus pobrezinhos”, obtendo tudo justamente nas
ocasiões em que as pessoas se encontram psicologicamente torturadas pelo luto.
Tais falsos médiuns encontram nas redes sociais
da internet extensa coletânea de dados pessoais dos desencarnados e seus
familiares. As informações virtuais são matérias primas para que os falsários memorizem
ou improvisem “colas” taticamente escamoteadas durante a sessão da “mediúnica”.
Sugerimos aos familiares checar nas redes
sociais os detalhes das informações contidas nas falsas cartas psicografadas e
verificarão a fraude.
É exatamente isso. Na internet os falsos
médiuns colhem inúmeros subsídios de dados pessoais, consultando Facebook,
WhatsApp, YouTube, Instagram, Twitter, LinkedIn, Pinterest, Google+ (do
falecido e familiares) que servirão de roteiro para a construção da falsa carta
do “além”.
Ambicionando persuadir suas vítimas, tais
falsários fazem constar determinadas frases padronizadas e repetitivas nas
falsas cartas “psicografadas”, sempre com termos genéricos, tendo em vista
iludir o enlutado, sobretudo citando número de telefone, CPF, endereço, nome do
cemitério do sepultamento, nome da igreja da missa de sétimo dia, time de
coração do falecido entre outras tapeações. Ressalte-se que quando há
autenticidade “nas cartas psicográficas, como sucedia com Chico Xavier, as
autorias espirituais eram comprovadamente de parentes falecidos e raramente
estes informavam número de telefones e os bizarríssimos números de CPF’s.
Se houver uma adequada investigação policial
esses falsos médiuns poderão ser descobertos em face das aquisições de bens incompatíveis
para um desempregado. Sabe-se que tais falsários mediúnicos têm construído um
razoável patrimônio material por meio dos recursos financeiros advindos de
microempresas (editoras) e distribuidoras de alfarrábios literários contidos
nos livrescos entupidos de escombros místicos. Destarte, tais
“microempresários” charlatões vão comprando apartamentos, móveis e até carros
novos.
As lideranças espíritas do Brasil (palestrantes
e alguns presidentes de federações) não ignoram tais tramoias mediúnicas e a
maioria vem se solidarizando com as vítimas das fraudes e apoiando os médiuns
honrados através de um ABAIXO ASSINADO.
Estranhamos porque a mística “FEB” não se
dispõe alertar o MEB sobre o fato. Na verdade, não se percebe qualquer
solidariedade do “mainstream” e dos
endeusados figurões (vendilhões) em apoio moral às mães ludibriadas e aos
médiuns sérios. Cremos que esse manifesto poderia comprometer a venda dos
livros dos oradores que mais se parecem com os “camelôs ambulantes”.
O subdesenvolvido movimento espírita brasileiro
vem exportando tais falsos médiuns para alguns países da Europa. Os
protagonistas “médiuns” das falsas cartas do além, já conquistaram Portugal com
a conivência e cumplicidade de algumas lideranças lusitanas (inocentes úteis) e
obviamente vem comprometendo o pujante trabalho doutrinário efetivado pelos
sinceros irmãos portugueses.
Observação importante: Ressalve-se que nem
todos os médiuns utilizam prática mediúnica de má-fé em suas atividades.
Caracterizamos médiuns honestos que produzem bons trabalhos psicográficos para
conforto dos parentes enlutados. Porém destaque-se que esses médiuns sérios
aceitam participar de qualquer pesquisa para atestar a autenticidade dos
fenômenos dos quais são portadores, os charlatões jamais aceitaram. Por isso, é
importante separar o joio do trigo. Pelo histórico moral dos médiuns
constataremos a fidedignidade das suas intenções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário