1 – Fala-se que a depressão é o mal do século.
Estamos diante de um distúrbio próprio dos tempos atuais, uma síndrome da
modernidade?
Mais apropriado considerar que é um mal antigo
com nome novo. Se falarmos em melancolia, perceberemos que ela sempre esteve
presente na vida humana. Os melancólicos de ontem são os deprimidos de hoje.
Hipócrates (460 a.C-370 a.C.) definia assim a melancolia: Uma afecção sem
febre, na qual o Espírito, triste, permanece sem razão fixado em uma mesma
ideia, constantemente abatido. É mais ou menos isso o que sente o indivíduo em
depressão, com a impressão de que a vida perdeu a graça.
2 – A origem é espiritual ou se trata de
problema físico?
É o caso da galinha e do ovo. Quem nasceu
primeiro? A depressão pode ser consequência de influências espirituais, tanto
quanto uma obsessão pode instalar-se a partir da vulnerabilidade provocada pela
depressão. As duas causas confundem-se.
3 – O tratamento espiritual no Centro Espírita
ajuda?
Sem dúvida. Considerando que sempre há um
componente espiritual na origem ou na consequência da depressão, recursos como
o passe magnético, as sessões de desobsessão, a água magnetizada, são
extremamente eficientes.
4 – E quanto ao tratamento médico?
É indispensável. A medicação da Terra trata do
aspecto físico do problema. A medicação do Céu trata do aspecto espiritual. Os
médicos são agentes de Deus em favor da saúde humana, ainda que nem sempre
tenham consciência disso, nem se comportem como tais.
5 – Seu livro “Depressão, uma história de
superação”, um estudo amplo sobre o assunto, é um romance. O que o levou a
optar por esse gênero literário?
Paciente com depressão experimenta dificuldade
para concentrar a atenção numa leitura. O romance, tendo fio narrativo
sustentado por uma história, exige menor esforço mental. Por outro lado, é
sempre atraente para quem tem o problema, porquanto permite uma associação com
o drama vivido pelo personagem.
6 – Funciona como tratamento para a depressão?
Eu diria um coadjuvante, já que não podemos
tratar de depressão apenas com leituras. Não obstante, há no livro
esclarecimentos oportunos sobre o assunto e um roteiro existencial inspirado na
Doutrina Espírita.
7 – O subtítulo, uma história de superação,
significa que o enredo gira em torno de um paciente que venceu a depressão. É
alguém especial, com disposição para vencer o mal?
Pessoas especiais, Espíritos iluminados, não
sofrem desse mal. O livro narra a trajetória de um médico, alguém que,
aparentemente, jamais deveria experimentar a depressão, em face dos recursos à
sua disposição como profissional de saúde. Esse conceito é equivocado. Não há
nenhuma raça, profissão ou posição social que nos isente. A árdua jornada desse
homem em busca da cura, extrapolando as fronteiras da Medicina, exemplifica que
é possível vencê-la. Depende do paciente.
8 – Disseminam-se no meio espírita técnicas
magnéticas específicas para tratamento da depressão? O que dizer a respeito?
São eficientes, desde que os pacientes estejam
informados de que se trata de um tratamento de superfície, cuida de sintomas.
Como ensinava Jesus, todos os males procedem do coração, sustentados por nossa
maneira de pensar e agir. Imperioso seja o tratamento magnético complementado
com orientações doutrinárias, em palestras, cursos, livros, oferecendo-se aos
pacientes subsídios para a cura definitiva, a partir de sincero trabalho de
renovação, à luz do Evangelho.
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