A civilização convulsiona aflita pelas
múltiplas doenças do corpo e da alma que assola os territórios habitados do
planeta, nas pequenas e grandes cidades. A Terra estremece pelos fenômenos
naturais de sua trajetória e em resposta aos fenômenos climáticos artificiais.
Há sofrimento, dor, perdas, selvageria, desequilíbrios instalados. O quadro
geopolítico sugere a agressividade das guerras, enquanto a visão da sociedade
impõe espetáculos que nos arrastam para uma avaliação pessimista dos tempos
atuais.
É exato que tal conjectura reprisada até a exaustão pelos meios de
comunicação de massa consegue tornar o mundo refém do medo e das incertezas. Há
um constrangimento global, não necessariamente casual e espontâneo, que lança a
humanidade numa onda de depressão de alcance perigoso, pois gera o falso
conceito de total perda da capacidade de administração dos graves problemas
contemporâneos.
Basta, no entanto que consultemos as enciclopédias que contam a história
das civilizações e provavelmente haveremos de concluir que a existência por
aqui jamais foi uma paisagem paradisíaca, senão uma alternância cíclica de bons
e maus momentos que certamente as populações da época interpretavam como um
passo da proximidade do fim do mundo. E sabemos que o mundo, pelos menos até
agora, não acabou.
Lógico que o planeta azul, e se demora um pouco aí, ainda é um espaço de
provas e expiações (O Ev 2do o Espiritismo – Santo Agostinho). Tudo porque,
apesar da exuberância de sua beleza, os povos que o habitam estão no
interespaço que compreende estudantes desleixados e deliquentes de plantão. Não
respeitamos o espaço-escola e passamos a merecer os limites da prisão. A
indisciplina do pensamento e atitudes precipitadas nos confere essa condição.
Está provado, porém que, apesar dos pesares, o cenário melhorou. O fato de
termos tantos delitos tornados presentes é resultado do aumento da velocidade
das comunicações e a existência de tantos conflitos é fruto do surgimento de
resistências que colocam obstáculos para que o mal reine tão absoluto como
acontecia nos períodos que nos antecederam. Na atualidade há mais pessoas
dispostas ao bem que ao mal, ocorre que esses últimos detêm mais poder de ação
por ter à mão maior logística financeira, política e midiática, o que só será
vencido quando a capacidade associativa da maioria for tamanha que lhes retire
essa primazia através de um processo pedagógico da mudança de hábitos, sem o
ranço da guerra e da vingança, os quais se constituem em métodos que só agravam
a crise. Não há magias para as mudanças
necessárias que tornarão a Terra o mundo desejado pela maioria dos seus
habitantes. A lição do passado é inequívoca ao mostrar que a guerra e o ódio só
geram mais guerra e mais ódio e não poderia ser diferente.
Consultemos Florence Nightingale, Albert
Schweitzer, Gandhi, Martin Luther King, Mandela e outros premiados com o Nobel
da Paz e eles, pessoas comuns como nós, alguns deles martirizados por suas
idéias e, sem exceção, haverão de nos convidar para cultivar a PAZ mesmo nos
momentos mais ásperos das lutas. Eles, independente de suas crenças entregaram
à humanidade a Paz como a única Pedagogia da Mudança. Semeemos a Paz, pois as
sementes são fiéis a sua genética. “A minha Paz vos deixo, a minha Paz vos dou”
(Jesus).
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