O campo das energias são estradas de livre
tráfego. Muitos perambulam pelas tantas interpretações que cabem nas diversas
compreensões de cada estudo que se propõe desvendar os seus mistérios. A
própria Física descreve que o movimento, em suas múltiplas expressões, se
circunscreve a ondas que expressam a atividade de elétrons no contexto dos
átomos vibráteis. Faz tempo que o conceito de matéria se restringe à
transmutação de energia. O Universo se contrai e expande em fluxos constantes
de energia.
O entendimento das emanações energéticas que
interferem na rotina de nossas vidas é uma crescente necessidade para a
manutenção do equilíbrio em nossos relacionamentos. Criou-se popularmente a ideia
de uma dicotomia qualitativa da energia em boa ou má e essa compreensão é
passiva de ser analisada, pois a rigor é ela que emana dos pensamentos, das
palavras e das ações sendo responsável pelas trocas que acontecem entre pólos
de contato. É essa dimensão de visão que possibilita a aceitação do fato de
jamais estarmos em repouso absoluto. Nunca paramos de produzir energia seja na
variante biológica ou na interação com o ambiente físico e social. Nessa lógica
tanto a oração quanto a ação explícita mobilizam circuitos que realizam
eventos, os quais nem sempre são percebidos integralmente.
Se for possível fazer o bem apenas pelas
emanações energéticas, a prática do mal também o é? Não, não é! Simplesmente
porque é vetado a quem quer que seja fazer mal senão a si mesmo. Basta que
passemos a vista em O Livro dos Espíritos (2ª parte) no “CAPÍTULO IX – Da
intervenção dos Espíritos no mundo corporal” quando trata do “Poder oculto.
Talismãs. Feiticeiros” e fica fácil entender. A questão 551 é clara: “Pode um
homem mau com a ajuda de um mau Espírito que lhe é devotado, fazer mal ao seu
próximo? – Não, Deus não o permitiria”. Compreenda-se Deus aí como AS LEIS DA
NATUREZA. Só é possível fazer mal a si próprio, senão seria injusto.
É impossível a alguém sofrer ou gozar de
qualquer situação sem que seja absolutamente responsável pelo que lhe acontece.
O BEM é emanação de Deus e campo livre de ação entre os entes da criação,
quando sim podemos trocar ações. O Mal, uma nuvem passageira pela ofuscação de
nossas mentes inferiores, não segue a mesma regra divina, fica preso ao
ambiente que o criou. Muitas vezes parece que foi o outro que provocou aquela
circunstância desagradável (e materialmente pode até ser comprovada), mas não
ocorreria se não fosse uma necessidade daquele que recebe a ação equivocada,
daí uma oportunidade de aprendizado e crescimento, não necessariamente um mal.
Porém, quem produziu a ação adquiriu para si um problema, o qual por sua vez
terá ocasião de resolver.
Jesus, nosso guia e modelo (jamais cansemos
de repetir), teve clareza dessa realidade. Toda a sua passagem pelo planeta foi
uma apologia ao BEM. Poeta do Amor, Médico das almas, Artesão da PAZ,
Incentivador do Encontro entre as pessoas, Mestre da Simplicidade. Na hora mais
amarga pediu ao Pai que perdoasse àqueles que julgavam ofendê-lo, pois sabia
que em nada lhe afetavam, senão positivamente. Pedia a Deus que lhes amainasse
o retorno de suas atitudes. O Mal que se semeia é árvore, cuja raiz um dia
precisa ser extirpada do coração de quem o produz. Jesus sabia disso.
ESSE TEXTO COMPLETA DOIS ANOS EM JUNHO. PROVAVELMENTE EM SUA ESSÊNCIA EU O ESCREVERIA DE NOVO. Roberto Caldas
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