Existir no planeta exige discernimento.
Ignorar é um verbo que varia em sua interpretação desde a virtude ao pior
defeito. Compreendido como uma condição do “não saber” pode exprimir uma
natural consequência de seletividade de quem se ocupa com outros interesses ou
simplesmente desleixo em perceber o que se passa no próprio entorno. Provável
que ao desportista mais interesse temas ligado ao esporte que pratica tanto
quanto o cientista em relação a sua especialidade. E certamente há motivações
muito diversas que ocupam a nossa atenção particularmente.
As
oportunidades de dispor opinião é algo precioso que impõe responsabilidades. O
silêncio pode representar sabedoria ou cumplicidade. Alguns temas são
relevantes ao ponto de não comportarem abstenções, quando envolvem a
universalidade social, mormente se estão em jogo assuntos que ponham em risco a
vida em sociedade e a proteção às minorias, ainda que aparentemente não nos
alcancem a rotina. Há momentos em que a individualidade deve ser deixada em
pausa para que se pense a coletividade. O Referendo ocorrido em outubro/2005 no
Brasil teve como finalidade acolher do povo a decisão à aquisição, porte e uso
de armas de fogo. Sabidamente a maior estatística de homicídios no país é
resultado do uso desse tipo de arma. O povo brasileiro se posicionou, naquela ocasião,
a favor do desarmamento da população, aumentando o rigor do acesso ao mercado
legal de armas.
O
retorno ao assunto quanto à aquisição e porte de armas voltou a suscitar a
necessidade do debate. A população precisa ser ouvida, da mesma forma que o foi
em 2005, não há como fugir da discussão que interessa à sociedade como um todo.
Pesquisa do Datafolha (02 e 03/04/19) realizada em território nacional,
envolvendo mais de 2000 pessoas a partir de 16 anos, mostra que 64% da
população é contrária à liberação de armas para a sociedade civil, enquanto 81%
gritam Não à liberdade para a Polícia atirar e 79% defendem a investigação para
homicídios por parte de forças policiais. O Brasil levanta a voz para pedir
Paz, cuja escassez, cada dia maior, é motivo de muitas lágrimas país afora.
Completamente
arrazoada a posição registrada daquela pesquisa, pois o maior país do
hemisfério Sul é reconhecido pela vocação ao comportamento pacífico, apesar de
tantos problemas de violência que registra diariamente nos seus espaços urbanos
frequentados pela maior desigualdade social do mundo, a qual deveria
obrigatoriamente estar em discussão entre os poderes constituídos que perdem
tempo com questões periféricas e panfletárias.
Caçado pela violência, Jesus se vendo diante
da brutalidade de um serviçal do império romano com uma ordem de prisão
testemunhou a indignação de um dos seus seguidores, que avança sobre aquele
homem para feri-lo com uma espada. A atitude do Mestre, em eminente perigo foi
pacificadora, ao ordenar àquele que o queria defender: “Embainha a tua espada;
pois todos os que lançam mão da espada pela espada morrerão! MATEUS (XXVI; 52).
Precisamos sem escusa pensar o Brasil para resgatar a PAZ. É certo que muitos
ainda vivemos nossas guerras particulares, mas a nossa posição pessoal será
sempre a plataforma da influência dos bons Espíritos, mensageiros de Jesus, o
qual alerta à humanidade quando ensina (Mateus V; 9): “Bem-aventurados os
pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”.
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