A expressão é forte, causa até um certo
mal-estar e não soa bem. Mas ela reflete a realidade que ainda nos permitimos
agasalhar interiormente, como pessoa humana.
A expressão foi usada pela nobre Diana,
espírito de grande elevação que visitou região onde habitava Irmão X e ao
conhecido repórter contou sua história. Irradiando intensa luminosidade e com
muita bondade na palestra que proferiu ao grupo de espíritos que a recebeu,
despertou muita curiosidade no citado repórter do além, face à informação que colheu
de outros amigos que ela habitava região trevosa há mais de 50 anos. Ele não perdeu oportunidade de indagar a
razão de, apesar do estágio superior já alcançado, permanecer na sofrida região
do plano espiritual.
A comovente história está no capítulo 12 do
livro “Fé e Vida” (edição conjunta FEB/CEU), psicografia de diversos espíritos
por Chico Xavier e foi lançado em 2014, cujo texto integral do citado capítulo
também pode ser encontrado na net com o título “A nobre Diana”.
O texto é reflexivo e comovente, e fica
impossível aqui detalhar nas valiosas considerações morais contidas nos
diálogos entre os dois espíritos. Até porque a leitura integral propiciará
grande reflexão ao leitor, ainda que por curiosidade ou melhor ainda por
pesquisa.
Em síntese, porém, na história das próprias
experiências como mulher em várias existências, deixou-se dominar pelo egoísmo, pelo ciúme e pela vaidade,
que qualifica como o trio maldito
que ainda habita o coração humano e que tanto a dominou, trazendo-lhe imenso
sofrimento durante larga escala de tempo.
E sua conclusão é que só conseguiu livrar-se do pernicioso trio causador
de tanto sofrimento e angústias, após aceitar receber como filhos na carne, em
dolorosa experiência, quatro espíritos em grande necessidade expiatória. E ela
relata essas experiências, que deixo ao leitor procurar no texto original para
inteirar-se da grandeza moral do ensino.
E por gratidão a esses irmãos sofredores que
se situam na treva consciencial, demorando-se em regiões trevosas do mundo espiritual,
é que permanece junto a eles, auxiliando-os igualmente a se livrarem desse trio
maldito, conforme expressão usada por ela mesma, pois conforme concluiu a Irmão
X foi por meio deles que libertou-se do ciúme, da vaidade, do egoísmo.
Trazendo a reflexão para os nossos dias,
vemos os desdobramentos desse malfadado trio – o ciúme, a vaidade, o egoísmo –, causadores e responsáveis por
tantas aflições e dificuldades que tornam a vida difícil. Não precisamos deles,
podemos dispensá-los, demiti-los de nossa intimidade, substituindo-os pelo
amor, pelo altruísmo, pela abnegação, pela renúncia, pela bondade, pela
disposição de servir.
Considere o leitor: o mundo está como está
por força de domínio desse maldito trio. Somos convidados a alterar essa triste
realidade. Motivos, perspectivas, orientações, modelos, é que não faltam...
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