A Biologia ensina que para haver gravidez é
necessária a fusão de um gameta masculino, o espermatozoide, com o gameta
feminino, o óvulo, em uma das tubas uterinas, processo biológico denominado de
fecundação ou fertilização, dando ensejo a formação do ovo ou zigoto (uma
célula), o qual migra em sentido ao útero, dividindo-se em duas células, depois
em quatro células, e assim por diante, em progressão geométrica. Esse processo
chamado de clivagem termina em torno do 5º dia de desenvolvimento, com a formação
de quase duas centenas de células, estágio embrionário designado de blastócito,
já apresentando uma cavidade chamada de blastocele, ocorrendo, então, sua
implantação no cadinho materno, exatamente no endométrio- tecido que reveste
toda a parede interna do útero.
Quanto aos gêmeos, é importante apontar que
podem ser univitelinos ou bivitelinos, isto é, os primeiros resultam da
fecundação de um óvulo por um espermatozoide, que posteriormente acaba sofrendo
uma divisão, enquanto os outros procedem da fecundação de dois óvulos por dois
espermatozoides distintos. No primeiro caso, os gêmeos são geneticamente
idênticos e possuem características físicas semelhantes. Os outros carregam
material genético diferente um do outro, podendo ter até sexo diferente.
A gestação gemelar, segundo a Doutrina
Espírita, não ocorre por acaso. Muito pelo contrário, a presença dos espíritos
reencarnantes faz com que aconteça a transformação de um zigoto em 2 ou mais
similares, como nos gêmeos idênticos e a exteriorização de 2 ou mais óvulos e
sua fusão com espermatozoides, como nos gêmeos fraternos.
A Codificação Kardeciana ensina que, na
maioria dos casos, os irmãos gêmeos são seres espirituais simpáticos, que se
unem por analogia de sentimentos. Pode acontecer o contrário: “espíritos maus
entendam de lutar juntos no palco da vida” (“OLE", q. 213). Daí procedem o
ódio que ambos vivenciam.
Na Bíblia, precisamente em Gênesis, cap. 25,
versículo 22, claramente é verificada a inimizade dos gêmeos Esaú e Jacó,
prontamente demonstrada antes do nascimento, apontando que “os filhos lutavam
dentro de Rebeca”. As religiões tradicionais, crendo na criação dos espíritos
junto com a formação do corpo físico e negando a doutrina da Reencarnação,
parecem duvidar da perfeição de Deus, o qual, certamente, sob à ótica
dogmática, se revela sádico, tendo prazer com a dor alheia, dando vida a seres
e dotando-os da inimizade. É lógico que
o ódio mútuo teve sua causa em uma vivência pretérita e, reencarnaram juntos,
visando uma possível reconciliação.
Embora os gêmeos univitelinos ou
monozigóticos resultem da fecundação de somente um óvulo, contendo a mesma
herança, sendo, portanto, geneticamente iguais, pode um deles nascer com doença
genética, desde que a origem do fato se dá pela presença de individualidade espirituais
distintas agindo sobre um único óvulo e uma delas refletir a imperfeição.
A ciência, ainda míope para a visualização da
paisagem extrafísica, não sabendo da verdadeira razão do processo, impotente,
não sabe explicar devidamente o assunto, considerando apenas o efeito, dizendo
simplesmente que ocorre apenas um defeito no mecanismo da divisão celular de um
dos gêmeos, como se o acaso pudesse ser responsabilizado por algum
acontecimento biológico.
Quando o processo gemelar se apresenta com
deformações de vulto, ostentando os seres acolados, também chamados de gêmeos
siameses, a Doutrina Espírita surge, mais uma vez, com explicações plausíveis
para o fenômeno, em detrimento da ciência, que se vê confusa diante de tantas
barbaridades, acontecendo na frequência de um para 200.000 partos.
A gemelaridade imperfeita é consequência de
pertinaz adversidade apontada nos arquivos pretéritos, necessitando reparação
conciliadora drástica, fazendo com que os algozes do passado nasçam de novo,
unificados na matéria, jungidos, amalgamados por intenso ódio.
Felizmente, com o advento da Doutrina
Espírita, o Consolador prometido por Jesus, os mistérios científicos e
espirituais já nos são esclarecidos.
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