Não somos o primeiro, o único, ou o último a
divulgar sobre o cortejo de práticas desonestas entre os religiosos. A mídia em
geral, frequentemente, anuncia e expõe tais fatos, francamente, abomináveis e
com grande repercussão negativa. Não conseguimos ver coerência numa pessoa “meio honesta”, “quase honesta” ou “mais ou
menos honesta”. Ou se “é honesto”,
ou “desonesto, não há meio termo.
Seja sua palavra Sim! Sim! – Não! Não! Ensinou-nos Jesus.
Proferimos palestras em várias casas
espíritas sobre esse tema e destacamos da tribuna que o lídimo cristão é
honesto em tudo que banca. Se alguém deve um centavo que seja,
obrigatoriamente, tem que quitar esse débito com seu credor, por simples
questão de integridade moral. Não se pode “fingir” que deslembrou tal dívida
(quer seja de um centavo).
Por elevadíssima razão é indispensável haver
transparência na prestação de contas, mensalmente, com os contribuintes da casa
espírita. Cremos que é simples obrigação afixar, no ‘quadro de avisos’ ao
público, a comprovação da correta aplicação dos recursos recebidos.
Os dirigentes que assim procedem veem
patenteadas a credibilidade da instituição que administram e a pureza de suas
intenções. Por outro lado, evitam-se rumores, do tipo: -“fulano (a) está cada
vez mais rico (a)”; -“sicrano (a) construiu uma mansão com o dinheiro doado ao
centro” e, -“beltrano (a) comprou um carro do ano, caríssimo”, olhem só para
isso!
Aconteceu conosco. Certa vez , após uma
palestra sobre o “incômodo” tema, houve rumores nos corredores do centro,
alguns dirigentes da casa nos arremessaram saraivadas de ‘chumbo grosso’ pela
maledicência. “Fraternalmente” proscreveram-nos da escala de oradores. Porém,
tal decisão em nada nos afetou, mesmo porque isso implicaria em que
admitíssemos contemporizar com as artimanhas obscuras que faziam com dinheiro
dos frequentadores.
Nos surpreendemos com as atitudes de alguns
deles, desarmonizados moralmente, mas são confrades que fingem gestos de
“santidade”, usam palavras “dóceis”, olhares de superioridade, julgam-se donos
da verdade, determinando normas de conduta sem sustentáculo doutrinário para
exemplificá-las.
É evidente que ficamos atônitos e
envergonhados quando sabemos, pela imprensa, que algumas instituições
“filantrópicas” desviam recursos, emitem recibos forjados de falsas doações,
etc..
Há centros que dão, até, uma ‘ajudazinha’ aos
confrades, driblando o Imposto de Renda retido na Fonte… imaginem!
Instituições outras recebem, à guisa de
doações, roupas, calçados, alimentos, eletrodomésticos, etc., e os dirigentes
se apropriam delas, com a maior naturalidade.
Temos conhecimento de instituições que
aceitam doações, até, de objetos valiosos e que os dirigentes se apropriam dos
melhores, é claro, antes de os exporem em bazares ditos “beneficentes”,
objetivando arrecadar fundos para obras “assistenciais”.
Daí, indagamos: isso é fruto da “minha”
imaginação?
Será que estamos obsedados ao abordar tal
assunto?
Não, meus irmãos! Estamos completamente
conscientes da responsabilidade cristã. A prudência continua sendo a nossa
melhor conselheira. É imperioso salientar que nossos argumentos não estão sendo
direcionados para a instituição A, B, ou C. Dirigimo-nos a todas,
indistintamente, como alerta geral.
Difundimos esses alertas sem expor esse ou
aquele grupo espírita, mas por questão de consciência ética, acreditamos que um
autêntico espírita tem que ser fiel aos princípios que a doutrina estabelece e
saber que HONESTIDADE é prática IMPERIOSA para todo ser humano, que dirá, para
um espírita cristão?
Portanto, que seja definitivamente
esconjurado todo e qualquer subterfúgio, que tente justificar sistêmicas
concessões fraudulentas, como se fossem naturais para certas ocasiões.
As falanges do mal de “cá” e do “além-túmulo”
se organizam para obstruir muitos projetos cristãos. Os obsessores (encarnados
e desencarnados) são inteligentes, organizados e vão dando um passo de cada
vez, por conhecerem muito bem pontos vulneráveis dos incautos. É urgente
advertir sobre a obrigatoriedade da conduta honesta para que o ideal espírita
seja cada vez mais ético, transparente consoante os preceitos estabelecidos por
Jesus.
Uma certa vez um professor me disse que honestidade é igual a mulher grávida. Ou ela está grávida ou não está. Não existe a possibilidade de estar meio grávida. Assim ocorre com ser honesto.
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