A descriminalização do aborto está
circundando descarada e sorrateiramente o nosso País. Hoje, assassinar bebê no
ventre materno está totalmente descriminalizado no Uruguai, em Cuba e na Cidade
do México. Na Colômbia, a Corte Constitucional determinou em 2006 que o aborto
é legítimo em casos de estupro, má-formação fetal ou de riscos para a vida da
mãe.
Há países em que o aborto era totalmente
ilegal, mas passou a ser aceito nos últimos anos se a mãe correr riscos ou se
houver má-formação fetal (no Irã), anencefalia (no Brasil) ou no caso de
estupro (no Togo). Se a grávida corre grave risco de vida, conforme consta na
questão 359 de O Livro dos Espíritos, é admissível o aborto induzido para
salvar a gestante. (2) Oportuno acrescentar, com a evolução da Medicina,
dificilmente se configura, hoje, uma situação dessa natureza extrema.
Portanto, com a cautelosa exceção da gestação
que coloque em risco a vida da gestante, quaisquer outras justificativas são
inadmissíveis para uma grávida ou o Estado decidir pelo extermínio de um bebê
no útero. Se a mulher compreendesse as implicações gravíssimas que estão reservadas
para ela, certamente refletiria bilhões vezes antes de extinguir um ser
indefeso no próprio ventre.
Corinne Rocca, obstetra, ginecologista e professora
é conhecida por estar por trás de estranhíssimas pesquisas sobre aborto
realizadas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. A mais recente
delas foi publicada na revista Social Science & Medicine e mostra que 95%
das 667 mulheres que participaram da pesquisa afirmam que abortar foi uma
decisão “segura”. (Pasmem!)
Para Corinne, seu estudo “desmistifica” o que
muitos pregam na hora de ser contra o aborto: o fato de que a mulher vai se
arrepender da decisão. Rocca estruge que “por anos, alegou-se que precisamos
proteger as mulheres dos danos emocionais que muitas sofrem ao fazer um aborto,
mas nunca houve evidência para dizer que isso é mesmo verdade”. A pesquisadora
alega que o “alívio” foi um dos sentimentos mais citados e que aparecem a longo
prazo. Confesso que nunca tinha lido reportagem mais imprudente do que essa da
revista Capricho. (3)
Não nos enganemos, pesquisadores e médicos
que defendem e executam o aborto nos países que já legalizaram o trucidamento
do bebê no ventre materno são homicidas. Não há lei humana que atenue essa
situação ante a incorrutível Lei de Deus.
Rocca, supostamente é apadrinhada por
fundações internacionais pró-aborto, por isso instiga à prática desse hediondo
crime. Sim, cremos que a sua pesquisa deva estar sendo financiada pelas
poderosas clínicas de aborto que obstinadamente utilizam a grande mídia, no
Brasil, para fazer apologia ao homicídio do nascituro.
Indubitavelmente a reportagem da revista
Capricho é constrangedora e irresponsável, ao apresentar a afirmativa: “Alívio”
é o que a maioria das mulheres sente após o aborto, conforme pesquisas. Que
paspalhice!!!
Reflitamos com Chico Xavier sobre o tema: “os pais que cooperam nos delitos do
aborto, tanto quanto os ginecologistas que o favorecem, vêm a sofrer os
resultados da crueldade que praticam”. (4)
Se alguns tribunais do mundo ainda condenam a prática do aborto, as Leis
Divinas, por seu turno, atuam inflexivelmente sobre os que alucinadamente o
provocam. Fixam essas leis no tribunal das próprias consciências tenebrosos
processos de resgate que podem conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais
tarde. (…)”. (5)
Ora o primeiro dos direitos naturais do homem
é o direito de viver. O primeiro dever é defender e proteger o seu primeiro
direito: a vida. Chico Xavier ainda adverte “que o aborto é um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia
obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos
departamentos de hospitais e prisões.” (6)
Sei que há desatinados “espíritas” (com
aspas) invocando o “direito” da mulher sobre o seu próprio corpo, como
argumento para a descriminalização do aborto. Contudo, o corpo do embrião não é
o da mulher. O nascituro não é um objeto qualquer, qual máquina de carne, que
pode ser desligada de acordo com interesses circunstanciais, porém um ser
humano com direito à proteção, no lugar mais fantástico e sublime que Deus
criou: o templo da vida, ou seja, o útero materno, contudo tem sido o lugar
mais aterrorizante para a vida de um bebê.
Não lavramos aqui condenações irremissíveis
àquelas que jazem submersas no corredor tenebroso do aborto já consumado, até
para que não caiam na sarjeta profunda da desesperança. Expressamos prudências,
no firme intuito de iluminá-las com o farol do esclarecimento, para que
enxerguem mais adiante, elegendo por trabalhar em prol dos necessitados e,
sobretudo, (se possível) acolhendo filhos abandonados (órfãos) que, atualmente,
aglomeram-se nos orfanatos.
Ah! Se já erraram, não se esqueçam que com o
erro se pode aprender. E ao invés de se prenderem ao remorso, consagrem a
desafiadora experiência como uma adequada ocasião para o arrependimento, a
expiação e a imprescindível reparação.
Referências
bibliográficas:
1 Conforme o World Population
Policies 2009, da ONU que registra o estudo realizado pela ONU e pelo Instituto
Guttmacher
2 Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos.
RJ: Ed FEB, 2003, perg. 359
3 Disponível em
https://capricho.abril.com.br/vida-real/alivio-e-o-que-a-maioria-da… acesso 18/01/2020
4 Xavier, Francisco Cândido. Leis
de Amor, ditado pelo Espírito Emmanuel, SP: Ed FEESP, 1963.
5 Peralva, Martins.O Pensamento de
Emmanuel.Cap. I Rio de Janeiro: Editora FEB, 1978
6 Xavier, Francisco Cândido. Da
obra: Religião dos Espíritos, ditado pelo Espírito Emmanuel. 14a edição. Rio de
Janeiro, RJ: FEB, 2001
Assunto polêmico e complexo. Mas independente de nossa vontade, crença continuarão a existir abortos. Penso que a lei que quer se aprovar é para evitar a morte ou a mutilação de centenas de mulheres que não podem pagar e recorrem as clínicas clandestinas. Isso mesmo. Pagar. Pq a grande maioria é de classe baixa, pq a classe alta continuará a cometer o aborto em hospitais e médicos com toda a segurança. Ao contrário da grande maioria. Penso que a descriminalização do aborto é antes de tudo uma ação de pública.
ResponderExcluirComplemento meu pensamento que junto a essa lei deveria assegurar também uma equipe de terapeutas para assistir a essas mulheres que muitas vezes são obrigadas a cometer tal ato horrendo. Obrigadas de várias formas. Seja pelos seus "companheiros" ou mesmo pela vida.
Como disse é polêmico. Sou contra o aborto mas não posso admitir a "omissão" do Estado a essa prática. Por isso o nome descriminalização.
Minha opinião.