A
existência humana é um constante desafio. Toda a nossa evolução ancestral demonstra
o quanto perseguimos, enquanto espécie constituída, a conquista de patamares
mais elevados de realizações e de bem estar. Desde a descida das árvores, a
aquisição da habilidade de caminhar sobre dois pés, a utilização das virtudes
do fogo, o domínio da linguagem falada e da escrita, bem que mostram o quão
distantes estamos de alcançar estágios de crescimento que o futuro resguarda. É
inimaginável até para o mais privilegiado sistema matemático determinar tal
limite, talvez porque não haja um limite conhecido.
A riqueza que emoldura as etapas de
toda essa jornada humana é o fato desse processo ter acontecido passo a passo
com o incremento da compreensão dos direitos e deveres que determinam os
costumes da convivência em sociedade. O cenário que nos envolve os dias é
testemunha da perpétua engrenagem que vincula o estilo de vida que vivemos com
a qualidade das práticas que exercemos. Se fosse possível a cada pessoa
consultar o filme de todas as suas atitudes no decorrer de sua saga vida afora,
cujas principais lembranças podem ser acessadas pelos mecanismos da memória, e
a conclusão possível talvez fosse remeter os lucros e os prejuízos aferidos às
escolhas do caminho. A regra vale para a história da humanidade quanto para o
histórico pessoal.
Coletiva ou individualmente somos o
reflexo de um complexo sistema energético que emite freqüências capazes de
gerar caminhos, nos quais trafegamos na qualidade de pessoa ou grupo social. As
vinculações resultantes de tais emissões estabelecem as vizinhanças que
correspondem aos padrões de atração ou repulsa a partir dos conteúdos afetivos
e intelectuais defendidos por cada pessoa ou grupamento. O que leva ao
estabelecimento dos graus de afinidade que, antes de ser percebidos nas
relações propriamente ditas, já existem na geração dos aglomerados que respiram
uma mesma realidade e perspectiva. Agrupamo-nos por uma espécie de cumplicidade
invisível que serve de imantação para aproximar e combustível para manter
acesos os princípios que movem diante de uma situação qualquer.
Esses conceitos podem ser preciosos
quando da análise a respeito dos caminhos que nos compete escolher dentro do
elenco de opções que o mundo oferece. Impossível esquecer que continuamos
levando adiante aquele ciclo que já se perde na noite dos tempos, herdeiros que
somos dos antepassados que enfrentaram as agruras de um planeta primitivo.
Entre outros, um dos compromissos que nos pesam é a preservação da Natureza,
sendo ela mesma a argamassa que nos permitiu, pela sua modificação inteligente,
produzir todas as possibilidades do mundo que vivemos.
O aprendizado do uso adequado das
matrizes provedoras da Terra foi o legado que permitiu à raça humana modificar
a face do planeta enquanto progredia em caracteres físicos, sociais e morais. O
respeito ao patrimônio divino consubstanciado na defesa da vida planetária em
todas as suas inflexões, protegendo-a da cobiça e da usura, haverá de sinalizar
no futuro para uma humanidade próspera, mais rica e mais feliz. Defender a
Natureza, esse teatro vivo de nossas conquistas multimilenárias é mais que uma
tarefa. É uma obrigação.
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