quinta-feira, 5 de março de 2020

A EXPLICAÇÃO ESPIRITUAL PARA AS DOENÇAS CONGÊNITAS E PARA O NASCIMENTO DE SERES COM DEFORMIDADES FÍSICAS


  
As religiões dogmáticas pregam aos seus profitentes o chamado “pecado original”, o qual é apontado como sendo originado pelo erro primário de desobediência de um antepassado remoto chamado Adão.

Com todo o respeito e apreço que tenhamos pelos que acreditam nesse vetusto e ultrapassado preceito, consideramos que não se pode justificar o porquê espiritual do nascimento de seres monstruosos, alguns vindo até a lume desprovidos de alguns órgãos, inclusive do cérebro, caso específico dos anencéfalos, colocando-se a específica culpa ou origem espiritual em seus respectivos ancestrais.


A Bíblia, ao contrário, ressalta, com muita propriedade, que a responsabilidade é pessoal, revelando que cada ser passa por aquilo que é merecedor, não podendo ser acometido de dolorosas mazelas em decorrência de equívocos cometidos por seus ascendentes, assim como se encontra no Livro do profeta Ezequiel 18:1- 4): “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá”. O mesmo sensitivo do Antigo Testamento, agora no versículo 20, explica que “... o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este”.

Davi, no Salmo 28, corrobora esse ensinamento bíblico, dizendo: “Paga-lhes segundo as suas obras, segundo a malícia dos seus atos; dá-lhes conforme a obra de suas mãos, retribuí-lhes o que merecem”. Finalmente, em “O Novo Testamento”, há a demonstração desse ensino lógico e racional, por parte do Amado Jesus, corroborando que cada um será julgado segundo suas obras (Apocalipse 22:12) e que “se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai” (Apocalipse 13-10).

A Doutrina Espírita enfatiza que o Espírito é o artífice, o único responsável por sua caminhada evolutiva, trazendo consigo o prêmio ou o castigo de seus atos, sabendo-se que o cumprimento da Lei Divina importa em benefício, a transgressão em pena, sob o juízo exercido por sua própria consciência. A condenação é transitória, em consonância com o ensinamento crístico: "Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil" (Mateus 5:25-26).

A prisão, portanto, não é definitiva e, devido à bendita e excelsa reencarnação, existem meios de serem pagas as dívidas contraídas, através de novas oportunidades de refazimento, de reparação, visando a reconciliação necessária.    O Cristo pôs por terra mais um conceito dogmático, o do considerado “sofrimento eterno”, em completa discordância com o Mestre, ensinando que a misericórdia divina é incomensurável e até mesmo chegou a nos exortar na prática da indulgência com os nossos semelhantes, solicitando que perdoássemos “setenta vezes sete”, isto é, infinitamente (Mateus 18: 21-22).
 
BOX 1-   A Promessa e o Cumprimento da Vinda do Consolador

O excelso Jesus, durante sua gloriosa passagem na Terra, disse que ainda tinha muitas coisas para dizer, mas a Humanidade não seria capaz de as suportar, exatamente pelo baixo grau evolutivo moral e intelectual em que ela se situava (João 16:12). Porém, deixou uma esperança, dizendo que não a deixaria órfã (João14:18), porquanto “o Consolador, que o Pai vai enviar em meu nome, ensinará todas as coisas e fará lembrar tudo o que vos tenho dito” (João14:26).

Em 1857, na França, o Consolador Prometido, a Doutrina Espírita, surge, sob a direção do próprio Jesus (“Espírito da Verdade”) que prometeu retornar ao convívio humano e assim o fez, continuando na instrução da Humanidade, trazendo novas lições, principalmente ampliando o conhecimento do chamado corpo espiritual, já iniciado na Antiguidade e referendado por Paulo de Tarso, na Primeira Epístola aos Coríntios (15: 44). A Doutrina Espírita também o denomina de períspirito, sendo o laço de união entre o Espírito e o corpo, responsável pela organização da forma física.
Pelo mau proceder em vivências transatas, desejoso de se libertar do tribunal de sua própria consciência, ansiando se livrar do desajuste em que se situa, o Espírito sai da prisão, vestindo a roupa de carne e esquecendo-se transitoriamente do que fez. Contudo, seu corpo espiritual está vincado, registrando as consequências morais dos desequilíbrios impetrados pelo mau uso do livre-arbítrio. Então, no momento da formação de sua indumentária física, estando o molde lesado, a montagem é realizada com defeito.

Daí a explicação doutrinária para a causa espiritual das doenças, principalmente as hereditárias, cujo entendimento transcendental se torna impossível pelas religiões dogmáticas, acreditando infantilmente que o Espírito é criado junto com o corpo. Em verdade, o Espírito imortal, vivenciando em diversas experiências os mais variados biótipos psicológicos, se manifesta na matéria finita e limitada, a qual lhe servirá de campo obrigatório e indispensável de crescimento e aprendizado, conforme esclarecem as questões 22-a, 25, 107, 113, 132 e 133, entre outras, da obra magnânima básica espiritista, “O Livro dos Espíritos”.

       É digno de consideração que a proposição da preexistência do Ser Extrafísico já tinha sido abordada e confirmada, no Antigo Testamento, pelo profeta Jeremias (1:4-5), afirmando: “Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que te formasse no ventre te conheci”. Se já tinha sido visto ou encontrado antes da sua gênese física, concluímos que o Espírito estava reencarnando — “importa-vos nascer de novo” (João 3:7), como ensinou profundamente o Cristo ao erudito Nicodemos, conceituado fariseu do famoso Sinédrio (Conselho Supremo dos Judeus).

Igualmente, o fato dos filhos gêmeos de Rebeca serem inimigos já no ventre materno (Gênesis 25:22) ressalta, utilizando o critério da razão e da lógica, que os Espíritos não foram criados naquele momento e muito menos já constituídos adversários no cadinho materno. Assim acreditando, estão os escravos do dogma duvidando da perfeição divina e caracterizando o Criador como sádico ou incompetente arquiteto das almas.

BOX 2-   O Porquê das Doenças Congênitas   

Quando a Genética ensina que as doenças hereditárias são causadas por um gene distônico ou por cromossomas alterados, em verdade, sob a ótica da realidade invisível às lentes humanas, está se referindo a uma consequência, desde que a atração do espermatozoide ou do óvulo comprometido é realizada pelo Espírito com sua vestimenta astral maculada, vibrando desarmonicamente.

A própria mutação na sequência de DNA de um determinado gene ou a ação deletéria sobre o cromossoma, alterando o seu número ou acarretando erro de sua posição ou de sua localização na célula reprodutora, pode ser originada pela presença prévia da entidade reencarnante agindo prejudicialmente sobre a sua futura mãe, atuando no determinado ovócito

A ciência denomina de Doenças Monogênicas ou Mendelianas, em torno de seis mil, às que têm como causa a alteração gênica, sendo mais comuns, a Hemofilia, a Anemia Falciforme, a Fibrose Cística e a Fenilcetonúria, com prevalência de um caso para cerca de 200 nascimentos. As afecções cromossômicas mais comuns são a Síndrome de Down, Síndrome de Patau e a Síndrome de Turner.

Pode, também, o Espírito, em vias de reencarnar-se, agir intensamente no ovo ou zigoto, causando, de acordo com a densidade das suas lesões perispiríticas, uma organogênese imperfeita, com defeitos verificáveis em qualquer etapa da morfogênese, gerando malformações. Essa ação desarmônica explica o grande número de afecções congênitas de causas físicas complexas e obscuras, apresentando-se na maioria das vezes como casos isolados, sem a observância das mesmas nos familiares.

BOX 3-  Os Gêmeos Comprometidos e sua Explicação Espiritual

Importante ressaltar a abordagem dos gêmeos univitelinos ou monozigóticos, os quais resultam da fecundação de somente um óvulo, contendo a mesma herança. Embora geneticamente iguais, um deles pode nascer com doença congênita, desde que a origem do fato se dá pela presença de espíritos distintos, agindo sobre um único óvulo, e um deles refletir a imperfeição.

A ciência, ainda míope para a visualização da paisagem extrafísica, não sabendo da verdadeira razão do processo, impotente, não sabe explicar devidamente o assunto, considerando apenas o efeito, dizendo simplesmente que ocorre apenas um defeito no mecanismo da divisão celular de um dos gêmeos, como se o acaso pudesse ser responsabilizado por algum acontecimento biológico.

Quando o processo gemelar se apresenta com deformações de vulto, ostentando os seres acolados, denominados vulgarmente como xifópagos, a Doutrina Espírita surge, mais uma vez, com explicações plausíveis para o fenômeno, em detrimento da ciência que se vê confusa, diante de tantas deformidades.

Há casos em que um dos conceptos não apresenta formação da cabeça, da cintura escapular e dos membros superiores. São os chamados gêmeos acárdicos. Alguns nascem com cabeça; contudo, a massa encefálica está reduzida ou ausente (gêmeos anencéfalos). Outros vêm ao mundo apenas ostentando seus membros inferiores malformados, o restante do corpo encontrando-se dentro de outro concepto gemelar. Em outro caso, um gêmeo natimorto apresentava horrenda malformação, porquanto se encontrava ligado a um outro ser, sem corpo, contendo apenas mãos em garra devidamente presas em seu pescoço.

Na literatura médica, são descritos casos raríssimos de natimortos, contendo, em seus cérebros, massas de aspecto tumoral, onde são encontrados em torno de 5 a 8 embriões anômalos, todos incompletos. Interessados no tema, consultamos a Espiritualidade e recebemos a seguinte explicação:

“O Espírito ao ser conduzido à reencarnação carreia consigo, imantadas vibratoriamente em seu períspirito, entidades obsessoras que estão ligadas ao Espírito reencarnante por laços profundos de ódio. O fato de reencarnarem junto ao possível cérebro é justificado, já que pelo pensamento estão todos ligados”. Em outra fonte mediúnica, foi confirmada a interpretação espiritual recebida e, ainda mais, nos foi ministrada a informação dos fatos envolverem criminosos de guerra e suas indignadas vítimas.

É necessário patentear que Deus é Amor; portanto, sair do presídio moral ou inferno do remorso, onde se encontra a consciência do Espírito devedor, relaciona-se a entrar em contato, na matéria, com o antagonista, inimigo de vivências pretéritas, procurando exaustivamente uma “reconciliação depressa, enquanto está no caminho com ele” (Mateus 5:25). Portanto, a gemelaridade imperfeita é consequência de persistente adversidade. Agora, o resgate apresenta-se drástico, fazendo com que os algozes do passado nasçam de novo, unificados na matéria (gêmeos acolados), jungidos, amalgamados por intenso ódio.

BOX 4 -   Conhecendo a Verdade que Liberta

Livrar-se das algemas da culpa e do remorso, através do amor, seria o caminho mais curto e feliz na busca da sua libertação interior; infelizmente, o homem ainda não aprendeu as lições sábias do Cristo e permanece criando o mal, nele se alimentando, deixando-o disseminar dentro de si. Porém, a Misericórdia Divina, alicerçada em Seu Amor Absoluto, permite a oportunidade da reparação, através da bendita reencarnação, possibilitando “ceifar a corrupção semeada na carne” (Gálatas 6:8).

Depois de milênios de obscurantismo, vivemos o grande momento em que o Consolador vem esclarecer as dúvidas e as questões ainda enigmáticas ligadas à Medicina. Disse Jesus que, conhecendo a verdade, receberíamos a capacidade de nos libertar (João 8:32). Felizmente, com o advento da Doutrina Espírita, os mistérios do reino dos céus já nos são dados a conhecer (Mateus 13:11).

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