Há quem acredite que a complexa estrutura do
Universo, com todas as suas disposições infinitas nas dimensões macro e micro,
incluindo o espetáculo da existência humana, não passa da associação de eventos
dirigidos pela casualidade. Há diversas obras escritas exibindo tais teorias. Para
quem assim pensa, a inteligência do Cosmo é o resultado de disposições
meramente estatísticas e completamente desprovida de consequência, senão a de
atravessar a ponte que tem como destinação o mergulho inevitável no nada.
Felizmente a liberdade de livre pensar abre espaços democráticos para que crenças
dessa natureza possam ser publicadas e são importantes para as conquistas da
sociedade contemporânea.
Não
há como ignorar a genialidade de alguns defensores do determinismo universal
que identificam os fenômenos que nos envolvem como fortuitos ensaios
desprovidos de razão. Entre eles existem homens e mulheres que revelaram
grandes verdades da astronáutica, as profundidades dos oceanos, os detalhes dos
fenômenos subatômicos, a excepcionalidade dos cálculos da Matemática. Pessoas
que merecem os louros de ter desvendado para a Terra os jardins e os quintais
de um Universo infinito. Tantos entre eles trouxeram respostas contundentes a
graves necessidades humanas e suas descobertas puderam ser utilizadas para a
redução de males da vida planetária e solucionaram enigmas que tornaram menos
difícil a escalada humana. Apenas não conseguiram extrapolar à fome e à sede de
respostas objetivas a respeito da identidade divina que buscavam nas
entrelinhas de suas conquistas.
Os
argumentos que se contrapõem à aceitação do Acaso como a origem da estrutura do
Universo e o Nada a sua destinação, estão descritos nas questões de número 01, 04
e 08 de O Livro dos Espíritos, a seguir reproduzidas: “1. O que é Deus? – É a
Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas; 4. Onde podemos
encontrar a prova da existência de Deus? – Num axioma que aplicais as vossas
ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo que não é obra do
homem e a vossa razão responderá; 8. Que pensar da opinião que atribui a
formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou seja, ao acaso? –
Outro absurdo! Que homem de bom senso pode considerar o acaso como um ser
inteligente? E, além disso o que é o acaso? Nada!”.
Contrariamente ao que pensam as correntes que
defendem a casualidade como principal interventora das realidades universais, a
Doutrina Espírita é defensora da causalidade divina. Ensina-nos, no entanto a
ter paciência com os que buscam, através de outros olhares, a compreensão da
Natureza. Os seus parâmetros teóricos, fundados na ciência transcendental
daqueles que já deixaram a Terra pela morte, são sinalizações para todos que
ainda não transpomos tais limites. Efetivamente não são as crenças que
catapultam os processos de evolução dos Espíritos, sim a capacidade que cada um
tem no desenvolvimento de práticas que minorem as dificuldades e facilitem o
trânsito pelos caminhos escarpados das existências no planeta. Cumprido o
propósito de tornar a vida melhor nos quintais e jardins que nos cercam, eis
que o infinito espaço da obra divina é a casa de todos, onde aprenderemos que
as crenças são alimentam os propósitos passageiros, mas as obras é que nos
permitem a conquista da felicidade que almejamos. Todos os teóricos do acaso
terão a oportunidade de perceberem quanto se enganaram, mas se cumpriram o que
lhes competia, fica tudo bem.
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