Mulheres espíritas, progressistas e
politicamente à “esquerda” marcamos o cenário da contemporaneidade brasileira,
nas plataformas plurais de luta por visibilidade de gênero, ocupação do
território de fala e direcionamento intelectual dos estudos sobre espiritismo
na perspectiva da igualdade de direitos e valores.
Sim, chegou a era da grande transição, e
nossos rostos sem medo denunciam o silenciamento que o patriarcado nos impôs na
invisível condição de tarefeiras e ativistas vestidas de românticas roupagens,
no reinado masculino. Isso não é de Deus, é do poder dominante, agressivo,
heteronormativo e violador impune do reconhecimento de igual para igual nas
matérias das vivências.
Saímos do véu que tentava nos manter em
eterna véspera de noivado. Estamos atuando na sociedade e na vida para sermos
vistas, ouvidas, reconhecidas e valorizadas em nossas potencialidades.
Estamos na condição justa de participantes
deste momento histórico, defendendo a vida e a liberdade em um país à beira do
abismo fascista. O conhecimento espírita nos fortalece ideais, nos impulsiona
libertação, porque assim transbordamos mais amor abrindo caminhos conscienciais
autorizados pela razão.
Mulheres espíritas brasileiras não contam
letras e palavras na expressão do arbítrio por um país sem feminicídio e
misoginia, repudiando o machismo que atrasa a evolução do conjunto e espalha
sangue na história que o romantismo inventou.
Assumindo a nossa intelectualidade com
ativismo social, abraçamos politicamente a dianteira de uma fé que humaniza e
contesta a dor planejada, a morte tramada, a injustiça institucionalizada.
É Jesus conosco, dessedentando as esperanças
nas águas da samaritana; com as mulheres rejeitadas, discriminadas, mas plenas
de capacidades para doarem um pouco mais de vida e refrigério, porque
entendemos todas as maneiras de amar.
Agora a vez e a voz são nossas!
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