Solicitada
a devida vênia a Gabriel Garcia Márquez (autor de O Amor nos Tempos do Cólera –
1ª edição em 1985) por tomar como modelo o título de sua famosa obra para
comparar aos tempos diferentes vividos pela humanidade. Certamente não
afundamos na primeira batalha contra os seres infinitamente pequenos
(bactérias, vírus, protozoários). Basta consultar a história, e ela nos contará
sobre os bilhões de homens e mulheres que se despediram do planeta por
investidas brutais da Peste Negra (1333/1351), Varíola (1896/1980), Gripe
Espanhola (1918/1919) apenas para citar algumas, mas há tantas outras que é
possível perceber que vivemos em constante combate. Tão perigosos quanto um
terremoto, um furação, uma erupção vulcânica, tão mortais quanto as duas
grandes Guerras Mundiais, os nossos oponentes invisíveis, além de deixarem
vítimas em seus caminhos forçaram à descoberta de vacinas, medicamentos e novos
hábitos. Influenza, Sífilis, Sarampo, Malária, AIDS são alguns exemplos de problemas
resolvidos ou em vias de solução depois de pesquisas, mudanças de comportamento
e alterações estruturais. Estamos longe ainda de solucionar tantos problemas,
alguns alicerçados na fome gerada pela desigualdade social.
O mundo inteiro está em condição de
alerta. Todos podem ser vitimados, apesar de sabermos que os menos favorecidos
acabam sendo os mais castigados pela falta de estrutura em que vivem. O
diferencial, em relação às epidemias históricas, é que os avanços da atual
ciência de pronto apreendem os caminhos que tornam possível minimizar o
desastre, conquanto não consiga impedir as consequências dos primeiros e graves
momentos. A Terra como a Escola da Existência tem professores e alunos, resta
saber quem se qualifica como bom ou mau em suas devidas posições e quais as
disposições que optamos em seguir diante das tantas informações que passam
aceleradas.
Graças ao trabalho dos meios de
comunicação é possível manter-se um ambiente de segurança enquanto se aguarda a
poeira baixar dentro de uma solidariedade global que entende ser o isolamento
social a maior e talvez única arma para combater a eclosão contínua dos casos
de Covid-19, reduzindo assim a funesta estatística que alcança a dramaticidade
que se abate entre 2 a 5% dos infectados pela incapacidade dos sistemas de
saúde para suportar demanda crescente. Por tais razões, o respeito à ciência, a
sensatez e o avanço da tecnologia que Antena Espírita de hoje é realizado ao
vivo sem que nenhum dos seus componentes esteja nos estúdios da Radio Cidade AM
860, exceto o amigo sonoplasta que nos viabiliza a mensagem, e os amigos
ouvintes hão de desculpar-nos possíveis falhas.
Sem dúvidas de que aprenderemos
muito com esse momento. Haveremos de lamentar as perdas de pessoas queridas,
porque além da certeza de que a vida prossegue é natural que choremos os que
partem para o mundo espiritual, mas tais despedidas dependem de nós para
acontecerem em menor quantidade. O bom aluno fica em casa, evita o contato.
Acima das teorias (conspiração, apocalipse, transição planetária, manipulação
humana), há uma certeza: Jesus é o grande condutor do barco Terra e coisa
alguma será suficiente forte para transgredir a Sua ação norteadora. Ele
prometeu o Reino de Deus que está dentro de cada um e um dia transbordará para
o mundo exterior. É possível que esse Reino possa estar sendo iniciado nesses
dias, quando estamos cuidando de si enquanto pensamos no outro.
Muito oportuna a sua abordagem. Parabéns.
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