Nunca será excesso repetirmos que em
18/04/1857, O Livro dos Espíritos aportou do mundo editorial para trazer a
mensagem imorredoura com a poderosa missão de iniciar o processo de transição
da Terra de planeta de expiações e provas para planeta de regeneração. Naquele
dia longínquo palavras novas apareceriam nos dicionários para se impregnarem na
mente das pessoas de forma indelével. Nascia a expressão Doutrina Espírita ou
Espiritismo e a biografia de Allan Kardec, antes reconhecido como Hippolyte
Léon Denizard Rivail.
Foram
alguns anos e muitas pesquisas que levaram à formatação de O Livro dos
Espíritos, cuja primeira edição seria ampliada em 1860 com a estrutura que
conhecemos na atualidade contendo 1019 perguntas e respostas, além da
Introdução e Conclusão escritas pelo Codificador sempre em consultoria do
Espírito da Verdade. A psicografia indireta foi a forma mais utilizada para a
confecção da obra, com a participação de duas médiuns adolescentes que tocavam
as mãos na cestinha acoplada em uma caneta e o movimento geravam caracteres
escritos com a resposta dos Espíritos.
O
método de perguntas e respostas contido no livro simplifica o aprendizado
justamente por ser auto-explicativo, sem a necessidade de esforço mirabolante
para a compreensão de qualquer pessoa, por menor que seja a sua categoria
escolar, basta apenas que seja alfabetizada e se não o for poderá compreender
apenas por ouvir alguém fazendo a leitura. Foi com essa simplicidade que o
mundo espiritual planejou que chegasse as nossas mãos O Livro dos Espíritos,
para que a ninguém fosse negado o seu conhecimento sob a alegação de complexo
demais. Qualquer pessoa pode ler a obra e entendê-la, lógico que a
interpretação mais ou menos profunda da obra vai depender de fatores culturais,
mas a sua essência se encontra ao dispor de todos.
O
Prof. Herculano Pires assim sintetiza a sua opinião a respeito da obra, na
apresentação de sua tradução à mesma: “Este livro é, portanto, o resultado de
um trabalho coletivo e conjugado entre o Céu e a Terra. O Prof. Denizard não o
publicou com o seu nome ilustre de pedagogo e cientista, mas com o nome obscuro
de Allan Kardec, que havia tido entre os druidas, na encarnação em que se
preparava ativamente para a missão espírita. O nome obscuro suplantou o nome
ilustre, pois representava, na Terra, a Falange do Consolador. Esta falange se
constituía dos Espíritos Reveladores, sob a orientação do Espírito de Verdade e
dos pioneiros encarnados, com Allan Kardec à frente”.
O Livro dos Espíritos é a
primeira manifestação materializada de Jesus depois de sua partida do nosso
planeta. O Mestre prometera que haveria outro Consolador: ”Se me amais, guardai os meus
mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que
fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode
receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará
convosco e estará em vós. – Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o
Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de
tudo o que vos tenho dito. (João, XIV: 15 a 17 e 26)”
O Livro dos Espíritos nos
trouxe a mensagem renovada de Jesus.
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