O material empírico acerca da comprovação da
reencarnação disponível já é suficiente para que a ciência materialista a
aceite como lei biológica. Esse material é oriundo de várias matrizes de
pesquisas, que sejam das lembranças espontâneas de vivências passadas em
crianças, principalmente as encabeçadas por Ian Stevenson (1918 - 2007),
desenvolvidas por mais de 40 anos. Da mesma forma, o milhares de casos de
regressão de memórias às vidas passadas como terapia, com vistas a soluções
para a cura de enfermidades psicossomáticas (TRVP). As experiências de quase morte
(EQM), além das pesquisas desenvolvidas pela Transcomunicação instrumental
através de meios eletrônicos (TCI).
Uma
percepção científica do processo da reencarnação quem oferece é o Espírito
André Luiz, pela psicografia de Francisco C. Xavier, na obra Missionários na Luz, no
capítulo 12, onde retrata os preparativos na espiritualidade para que ocorra a
reencarnação de Segismundo.
Os
atores nesse processo são: Segismundo, Adelino e Raquel. Em uma vida passada,
tendo como móvel uma paixão desvairada, Segismundo assassinou Adelino. Todos
desencarnaram sob intensa vibração de ódio e desesperação, padecendo vários
anos, em zonas inferiores.
A
partir da intercessão de amigos espirituais, os três resolveram mergulhar no
corpo físico, decisões já realizadas por Adelino e Raquel, juntos pelos
vínculos do matrimônio e com um rebento de três anos. Adelino e Raquel,
receberão Segismundo como filho.
Alexandre, instrutor de André Luiz, recebe o convite de Herculano, outro
orientador do Plano Invisível, para demandarem providências para a reencarnação
de Segismundo. André Luiz, para compor a equipe, foi encaminhando a treinamento
no Planejamento de Reencarnações. Ali ele pode compreender a dinâmica dos
planejamentos reencarnatórios. Ficou sabendo que grande percentagem de
reencarnações na Crosta se processa em moldes padronizados para todos, no campo
de manifestações puramente evolutivas. Outra parte não obedece ao mesmo
programa. Na medida que o Espírito eleva-se em cultura e conhecimento, o
processo reencarnatório individual é mais complexo. A partir disso, existem
colônias espirituais especiais para a reencarnação de trabalhadores e
missionários.
Alexandre
faz André Luiz observar, no edifício do Planejamento de Reencarnações, várias
entidades com rolos semelhantes ao pergaminho terrestre, que eram nada mais que
mapas de formas orgânicas elaborados para os pretensos reencarnantes.
Há,
todavia, Espíritos que reencarnam sem o trabalho “intercessório” devido aos
vínculos ao estado de queda, bem como sem a ajuda de corações bem-amados.
Contudo, em nenhuma situação o Espírito reencarnante fica desamparado.
Na
primeira visita ao ambiente familiar de Adelino verifica-se que o clima não era
dos melhores. Os instrutores espirituais quando da primeira visita, procuraram
utilizar da intercessão do filhinho para melhorar os conflitos vibratórios
familiares. Na segunda visita já conseguiram contar com o concurso de Raquel fora
do corpo, contando com o auxílio da sua avó. Em momento seguinte, Adelino também
fora dos veículos da carne, ao perceber a presença do antigo adversário,
interrompe a conversação com um grito lancinante, para logo em seguida iniciar
a aproximação com Segismundo, perdoando-o. As sombras espessas do ódio foram
efetivamente dissipadas. Isso foi o suficiente para se iniciar o serviço
definitivo de reencarnação.
Vencida
essa etapa, foi analisado o gráfico referente ao organismo físico que
Segismundo deverá receber no futuro, sendo observadas as imagens de moléstia do
coração que sofrerá na idade madura.
Para
que se viabilizasse a ligação inicial com a matéria física, foram apresentados
os mapas cromossômicos necessários para as providências demandadas.
André
Luz indagou da necessidade de cuidados extremos para que ocorresse a
reconciliação entre os contendores, e se não seria mais fácil realizar o
processo reencarnatório sem mais delongas.
Alexandre
esclarece que da mente se originam as forças equilibrantes e restauradoras para
os trilhões de células do organismo físico, mas, quando perturbada, emite raios
magnéticos de alto poder destrutivo para as comunidades celulares. Decorre
disso que o pensamento de Adelino destruiria a substância de hereditariedade,
intoxicando a cromatina dentro da própria bolsa seminal. O extremo dessa
situação é o rompimento do cordão de prata do Espírito reencarnante, situação
catalogada como aborto natural.
O
contexto acima remete às pesquisas da psicóloga norte-americana Hellen Wambach,
através da TRVP, acerca da participação e dos objetivos da reencarnação.
Leia-se suas conclusões:
Preparação
para a reencarnação:
·
8% nada sentiram
·
11% resistiram e estavam mais ou menos
temerosos;
·
55% mostraram pelo menos alguma hesitação;
·
23% prepararam-se ativamente;
·
3% foram muito apressadas e contra os
conselhos.
Objetivos
da reencarnação
·
27% vieram ajudar outras pessoas e elas
próprias a crescer espiritualmente;
·
26% vieram adquirir nova experiência como
suplemento ou correção;
·
18% se tornar mais sociáveis;
·
18% vieram solucionar relacionamentos
pessoais cármicos;
·
12% por razões variadas.
As
pesquisas de Wambach ainda fazem diferença quanto ao sexo do reencarnante.
Segundo ela, 76% das pessoas escolheram o sexo e 26% não tiveram escolha ou não
se importaram com isso. As reencarnações planejadas, como descritas por André
Luiz, escolheram os pais. As que ocorreram sem intercessão, não sabem por que
ou como obtiveram os pais.
É
fático, pois, o motivo que levou a Hans Tendam, pesquisador francês na prática
da TRVP na Holanda, afirmar que o trabalho de Allan Kardec sobre reencarnação,
antes de 1911, é o que mais se aproxima ao moderno material empírico sobre
vidas passadas.
Um
ponto interessante na reencarnação de Segismundo, e reforça as pesquisas de
Wambach, diz respeito ao receio de falir mais uma vez o reencarnante, apesar de
toda a mobilização dos instrutores espirituais. Além do mais, Segismundo
coordenava uma pequenina obra de socorro nas cercanias da colônia espiritual,
autorizada pelos Mentores Maiores. Pensava ele:
“como poderia conduzir os outros à plena conversão espiritual... Diante dos
ensinamentos do Cristo... Sem haver pago minhas próprias dívidas”
Iniciou-se, portanto,
o trabalho de magnetização do corpo perispirítico. Observava-se que alguma
coisa da forma de Segismundo começava a ser eliminada. À medida que essa
operação se intensificava, ele se tornava mais pálido. Seu olhar tornava-se
vago, menos lúcido.
O instrutor o
orientava à mentalização com o propósito de voltar ao refúgio maternal da carne
terrestre, assumindo a organização fetal, fazendo pequenino processo denominado
de “miniaturização do
perispírito”.
O instrutor espiritual mostra, depois de
indagação de André Luiz – que os processos de reencarnação, tanto quanto os da
morte física, diferem-se ao infinito, não existindo, segundo creem, dois
absolutamente iguais. E o adverte que há processos reencarnatórios que dispensam
concurso dos instrutores. Conquanto, outros irmãos procedentes de zonas inferiores
necessitam de cooperação muito mais complexa que a exercida no caso de
Segismundo. Estava definida a permanência do instrutor Herculano em definitivo
junto de Segismundo, na nova experiência, até que ele atinja os sete anos, idade
que se consolida o processo reencarnatório.
Chegado o momento da união
espiritual, é depositado Segismundo nos braços da entidade que fora na Crosta
Terrestre, a mãe de Raquel, para em seguida ser concluído o ato de ligação
inicial, em sentido direto de Segismundo com a matéria orgânica. Compelidos
foram todos os companheiros ali presentes, e a visita reiterada por todo o
período de gestação.
A ambiência do aposento conjugal é
descrita como um espetáculo divinamente belo. O espaço foi enchido de flores de
luz. O quadro era lindo e comovedor.
A forma física futura de Segismundo
dependerá dos cromossomos paternos e maternos, e acima de tudo, um fator
primordial, a influência dos moldes mentais de Raquel. Determinante ainda é a
atuação do interessado e o concurso dos Espíritos Construtores.
André Luiz foi informado que existe
um programa de tarefas edificantes a ser cumprido por todos os Espíritos que
reencarnam, quando é fixada uma cota aproximada de valores eternos a serem
amealhados na etapa reencarnatória, ficando a cargo de cada um superar, atingir
ou não essa meta.
Em seguida, por intermédio do mentor
que dirigia a equipe, foi feita a prece daquele ato de confiança, seguida de profundo
silêncio.
Referências:
TENDAM, Hans. Panorama sobre a reencarnação. Vol. 1. São Paulo: Summus.
WAMBACH, Hellen. Recordando
vidas passadas. São Paulo: Pensamento, 1995.
XAVIER, Francisco C. Missionários da Luz. Brasília: FEB.
Gostei muito do texto irmãozinho Jorge Luiz. Parabéns!
ResponderExcluirOlá, Eduardo!
ResponderExcluirValeu pela força, meu amigo!