A palavra mediunidade é a terminologia
espírita que designa fenômeno presente em todas as épocas e lugares, sob designações
e entendimentos diversificados, ao sabor da capacidade interpretativa de cada
um e de cada tempo.
Com o advento da ciência espírita, obra do
emérito pesquisador Allan Kardec, houve naturalmente a necessidade de se
estabelecer uma nomenclatura própria e conceitos modernos e específicos à
faculdade de sempre, assim também significados consonantes ao saber e à metodologia
científica contemporâneos norteadores do progresso da Humanidade.
O termo, por si mesmo, atesta as
características peculiares do fenômeno no campo das comunicações, funcionando o
medianeiro como instrumento inteligente na transferência das ideias e dos
pensamentos das consciências tidas como “mortas” aos olhos humanos, em direção
à dimensionalidade mais grosseira dos estados da matéria universal.
Institui-se, assim, a partir desse modo de
apresentação, a base inequívoca de sustentação à realidade última dos padrões
existenciais terrenos, centrados e comprovados pela demonstração da essência
anímica.
Apesar do multiverso designativo no pretérito
e no presente, nenhuma delas se reveste de significância tão apropriada e
ajustada pela etimologia à realidade do papel do medianeiro como intérprete e
intermediário, quanto a espírita.
A semântica espírita certifica a presença do
medianeiro como elemento imprescindível à comunicação, dando destaque à sua
atuação como determinante à linguagem, êxito interpretativo e variedade tonal.
Médium é, pois, na acepção usual do vocábulo,
todo aquele que se habilita a agir como intermediário ativo e lúcido,
intérprete qualificado e caixa de ressonância inteligente aos habitantes de
diferentes faixas existenciais em que se manifestam as consciências destituídas
do invólucro carnal, condição natural e destino inexorável ao imortal.
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