Solicito ao leitor refletir comigo na seguinte frase: “…é um conjunto harmonioso e belo; é uma filosofia que estende as suas investigações sobre todos os conhecimentos humanos; é uma ciência sólida, irresistível, porque se baseia em fatos que denunciam o seu caráter científico; é além de tudo uma luz poderosa que nos ilumina a inteligência, aclara o raciocínio de tal modo que, muitas vezes, nos maravilhamos de sua lógica irrepreensível, de sua harmonia de vistas com o Bem e o Belo, os grandes fatores da verdadeira felicidade.”
Antes de identificarmos o autor e fonte da transcrição, analisemos alguns de seus itens. Comecemos pelo “estende as suas investigações sobre todos os conhecimentos humanos”. Ora, isto abre uma enorme perspectiva para o pensamento humano, de vez que permite abarcar todos (destacamos) os conhecimentos humanos. Aí já encontramos a abertura e a ausência de preconceitos, através de uma investigação filosófica sadia e coerente.
Na sequência, “baseia-se em fatos”. Ora, se é uma ciência que se baseia em fatos isenta-se de especulações, improvisações, teorias pré-concebidas e mesmo interesses parciais; sendo fatos enquadra-se em leis naturais, expulsando o fanatismo e quaisquer tentativas de fatos espetaculosos ou classificados como sobrenaturais. E mais, sendo de “caráter científico”, baseia-se em investigações, observações, pesquisas permanentes.
Sendo “luz que ilumina a inteligência, aclara o raciocínio (…)”, com “lógica irrepreensível”, apresenta indicativo de que apela à razão, ao refletir, ao raciocínio mesmo, para que seja entendido, à luz da lógica e do bom senso, e nunca aceito cegamente.
Finalmente, em “harmonia de vistas com o Bem e o Belo”. Ora, aí está um verdadeiro programa de felicidade, pois se buscarmos o bem e o belo, estaremos embasados na moral e portanto, sem causar prejuízos a terceiros, fiéis à própria consciência, cuja voz é a diretriz que norteia o comportamento humano.
Pois bem, esse “conjunto harmonioso e belo” é a Doutrina Espírita, cujo conhecimento e vivência abre um mundo novo à perspectiva intelectual e moral, porque explica as razões e os porquês humanos. O autor da frase é Cairbar Schutel, o Bandeirante do Espiritismo, que de Matão, batalhou para espalhar essa maravilhosa luz.
E somente conhecendo o Espiritismo, saberemos entender a frase transcrita.
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