A Química Moderna é praticamente inaugurada a partir do poético axioma propagado por Antoine Laurent LAVOISIER (França - 1743/1794): “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Reconhecida como o Princípio da Conservação da Massa, essa assertiva dispõe o planeta como um sistema fechado onde as trocas nada mais representam que transformações da matéria gerando novas apresentações daquela preexistente. Acepção igual é aquela que nos remete à linguagem simbólica em o Genesis de Moisés (2; 2 e 3): “E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra que tinha feito/ E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou, porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera”.
É um alento, para quem estiver disposto a encontrar soluções de problemas, perceber que perguntas e respostas andam em parceria e que há chaves apropriadas para abrir determinadas portas sem que se precise bater a cabeça na parede. Os problemas e soluções estão postos e baseados em leis fixas. O cenário planetário se modifica em conformação às ações que lhe são aplicadas seguindo uma ordem e uma lógica possíveis de ser administradas. Dessa forma há de se entender que o problema maior não se encontra no planeta, dotado de toda a matéria prima para sofrer transformações e sem intervenções mágicas, pois se presume que Deus, em estado de “descanso simbólico”, não interfere em suas próprias leis.
Disso é possível compreender que, estando o mundo material sob leis fixas e, portanto imutáveis, a única variável é determinada pela capacidade humana de investigação e muito especialmente pela possibilidade de crescimento intelectual e de leitura moral/emocional. Tais condições variam de uma pessoa para outra e numa mesma pessoa no decorrer de sua existência, no hiato de tempo entre o nascer e o desencarnar, além de estar ampliado à escalada dos ciclos de renascimentos. São essas oscilações, no campo do comportamento, resultantes da liberdade de escolha de cada pessoa, que criam o campo de relações tornando o mundo pior ou melhor, dependendo da índole de quem promova uma ação e tenha maior ou menor eixo de alcance.
Seguramente restam muitas leis que se encontram encobertas à inteligência humana, mas há revelações que permitem elementos necessários para uma revisão de princípios. Não seriam cabíveis as dissensões acerca da necessidade do respeito humano e da preservação da Natureza, mas elas são inúmeras. Estranho que ainda haja controvérsias em torno da horizontalidade das relações humanas e que grupos se julguem mais importantes que outros, mas tais controvérsias estão presentes. Triste que perdurem sanções de força que tornem as relações sociais desequilibradas, mas existem tais sanções.
Alcançaremos a descoberta total das leis que organizam o planeta? Provavelmente sim, pois estão à disposição da inteligência humana. Alcançaremos o abraço planetário de uma humanidade-irmã? Apesar das dúvidas que pesam sobre essa hipótese, vale lembrar que um Homem falou das múltiplas casas do Pai; lançou as bem-aventuranças como um convite de vitória sobre o mal aos mansos, aos humildes e àqueles que têm fome e sede de justiça. A certeza que Ele tinha disso nos enche de ânimo para lutar por esse abraço-irmão.
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