Canteiro de Ideias - Alguns espíritas conservadores ao entender a possibilidade de se viver o Espiritismo e ao mesmo tempo a política, consideram os progressistas materialistas, principalmente com o vínculo com o socialismo/comunismo. Fale sobre isso.
Filipe Albani -- Os espíritas conservadores, regressistas e reacionários abraçam a agenda da direita e da extrema-direita quando mantêm sistemas de assistência social, dando uma bolsa de alimentos após uma palestra de cunho moral, sem se aprofundar na realidade em que vivem essas pessoas e procurar maneiras de retirá-las dessa situação de mendicância. A mera entrega bolsa apenas alimenta a estrutura social marginalizante.
Os espíritas conservadores, regressistas e reacionários abraçam a agenda da direita e da extrema-direita quando combatem programas de transferência de renda, alegando que não trabalham para sustentar “vagabundos”.
Os espíritas conservadores, regressistas e reacionários abraçam a agenda da direita e da extrema-direita quando fazem discurso contra a ideologia de gênero, deixando de lado todo o debate acadêmico sobre o assunto, bem como os casos de pedofilia em lares de famílias consideradas modelo para a sociedade, além de não acolher dignamente irmanes que não sejam cisgêneres nem heterossexuais.
Os espíritas conservadores, regressistas e reacionários abraçam a agenda da direita e da extrema-direita quando não oferecem espaço para periféricos participarem das reuniões de estudo nem públicas nem ocupar funções e tarefas dentro da instituição.
Os espíritas conservadores, regressistas e reacionários abraçam a agenda da direita e da extrema-direita quando apoiam discursos de ódio, defendem genocidas nos púlpitos e nas lives, e fogem de quaisquer questionamentos, alegando que não querem desarmonizar o ambiente.
Sendo assim, posso dizer que os espíritas conservadores, regressistas e reacionários adotam posturas e ações políticas e materialistas, pois ajudam na perpetuação do capitalismo. Falam de Marx sem jamais terem lido qualquer obra, assim como também falam de Kardec com base em tudo, menos no próprio autor.
O próprio Kardec chama a atenção do crítico em O que é o Espiritismo?, levando em conta que somente se pode criticar algo se o conhecer muito bem; eles falam sem conhecer o movimento progressista, sem conhecer os coletivos e nossos trabalhos; portanto, pagarão com a própria língua com a destruição do movimento espírita, como já estão fazendo, transformando-o numa seita religiosa e alienada.
CI - Para confrontar as ideias dos espíritas progressistas sempre é arguida a questão nº 811 do Livro dos Espíritos, abaixo, sobre a desigualdade das riquezas. Fale algo a respeito.
Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas?
“Não; nem é possível. A isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres.”
a) – Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade. Que pensais a respeito?
“São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos cheios de inveja. Não compreendem que a igualdade com que sonham seria a curto prazo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quimeras.”
FA - Os Espíritos falavam daquilo que podiam naquele momento. Não havíamos passado ainda pela Revolução Russa nem pelas duas grandes guerras. Também não poderiam falar sobre guerra híbrida, internet nem de outras possibilidades, como o golpe de Estado por etapas, que estamos sofrendo desde 2016 em nome do roubo do nosso petróleo, que poderia estar sendo usado, neste momento, para financiar saúde e educação, enquanto atualmente alimenta lucros de empresas estrangeiras.
A base de uma sociedade capitalista está na propriedade privada – o que leva ao recrudescimento do egoísmo; numa sociedade socialista, a propriedade é estatal: o Estado decide o que é necessário para cada um. Numa sociedade comunista, a propriedade é de todos, e a organização de como gerir depende da decisão coletiva.
Numa sociedade capitalista, existe a figura da riqueza com base monetária; em sociedades socialistas e comunistas, deixa-se de lado a riqueza monetária em prol da fraternidade: todos precisamos estar bem; assim, não existe a figura da riqueza como pensamos na sociedade capitalista. Logo, essa afirmação deixa de fazer sentido, pois ela tem como base apenas uma visão capitalista da vida, simbolizada pela riqueza; a riqueza, que seria o dinheiro acumulado, deixando de existir ou sendo a figura principal, estímulo de toda ambição humana, numa sociedade socialista ou comunista, não há motivo para inveja ou outro sentimento negativo. Basta acompanhar experiências de sociedades que ainda tentam manter esses sistemas, apesar dos boicotes e das pressões externas, como Cuba e Coreia Popular – desde que tenhamos acesso a informações que não a mídia corporativa, que sempre vende a versão dos Estados Unidos da América.
As outras experiências que tivemos infelizmente foram boicotadas ou massacradas porque foram forçadas, não convencidas, não foram abraçadas totalmente pela população, a ponto de esses regimes terem caído, e deixado as pessoas hoje em situação social ainda piores do que a anterior; além disso, a ambição soviética de espalhar a experiência para o resto do mundo deixou de lado que deveriam ter cuidado do próprio quintal antes de expandir para outros locais.
Por outro lado, o que temos hoje é uma tentativa de retorno a uma situação que quase retorna ao século 19, quando se retiram direitos trabalhistas em nome da manutenção dos lucros, acaba-se com o capital produtivo, que gera empregos, e se investe no capital financeiro, que destrói economias de países inteiros, socializando a miséria pelo planeta, remetendo lucros para poucos bolsos. Como nós nascemos e fomos educados em uma sociedade capitalista, sem vislumbrar outras formas de sociedade, ou recebemos informações completamente equivocadas sobre essas outras formas de organização social, costumamos imaginar que não há outras possibilidades, além da nossa.
Se alguém achar esse quadro justo, há de se perguntar se é natural uma pessoa não ter o que comer hoje com tantos alimentos que são produzidos ao longo do ano. Veja que não estou falando de riqueza, mas sim de permitir que todos tenham acesso ao necessário. Numa sociedade capitalista, a maior parte da população não tem o necessário para passar o dia; muitos não têm tempo para sentir inveja simplesmente porque lutam para tentar ter o pão de cada dia, e, muitas vezes, não conseguem.
Assim, o combate ao egoísmo deve – ou deveria – levar a repensar o sistema capitalista, pensando numa alternativa a esse sistema cruel que mata pessoas de fome todos os dias. Se essa alternativa é o socialismo ou o comunismo, por que não pensar nisso? Vamos ler e estudar sem esses preconceitos ridículos e desnecessários! Enquanto ficamos combatendo doutrinas sem conhecê-las, pessoas morrem sem o necessário, e temos condições de oferecer um mundo sem essas diferenças todas, vencendo ou, ao menos, minimizando o egoísmo.
CI - Doutrina Espírita por integrar todo o conhecimento humano, há de se encontrar ideias liberais e progressistas. Como se harmonizar essas ideias?
F.A - Creio que precisamos ter cuidado com o que seria liberal, pois ideias liberais econômicas geram esse desastre político-econômico e sanitário, que é nosso planeta. No entanto, a lei de liberdade permite que as pessoas escolham como queiram viver, desde que não prejudiquem ninguém. A dificuldade ainda está no nosso parco entendimento disso – ainda gostamos de fiscalizar a vida alheia e dar ordens em pontos nos quais não devemos nos meter, por serem de foro íntimo.
Uma das ideias liberais que causa essa confusão é a meritocracia; na visão espírita, a partir do que entendo, não significa que a pessoa que nasceu em uma classe mais abastada esteja privilegiada para se tornar mais privilegiada ainda; se a pessoa nasceu em uma condição favorável em uma sociedade extremamente desigual de oportunidades e riquezas, como a nossa, tem a obrigação de trabalhar para que essas oportunidades se ampliem, pois já foi favorecida para mudar essa situação – não estou falando aqui que se devam ampliar trabalhos filantrópicos, mas procurar mudar a estrutura da sociedade, especialmente se tem condições para isso. O mais forte tem por obrigação de ajudar o mais fraco, como os Espíritos mais elevados procuram nos ajudar, orientando-nos para que não erremos mais. É a lei de solidariedade entre os Espíritos.
Por outro lado, os ideais progressistas são bastante claros quando pensamos não somente no progresso científico, como também no entendimento do outro, na compreensão de que juntos somos mais fortes. Assim, se pensarmos ideias liberais dentro do âmbito comportamental, não vejo problemas, desde que a intenção seja a do progresso ou da evolução da sociedade em conjunto, sem objetivos de recrudescer o egoísmo.
CI - Os críticos dizem que se as respostas para as perguntas de Kardec foram ditadas por Espíritos SUPERIORES, coordenados pelo ESPÍRITO DA VERDADE (que é o próprio Jesus!), e por isso são imutáveis pelo alto teor moral implícito nessa superioridade. Outro argumento é que o espiritismo é O CONSOLADOR prometido, então deve ser lido como uma revelação (assim como os dez mandamentos). Esse mesmo argumento garantiria um selo de “verdade” automático para os escritos de espíritos por intermédio de médiuns como Chico Xavier e Divaldo Franco. Aliás, a relação deles com espíritos que nos brindam com mensagens e histórias edificantes, além dos trabalhos sociais desenvolvidos por tais médiuns, seriam provas da superioridade desses médiuns que por isso não poderiam ser criticados nem questionados. Como você enxerga isso?
FA - Primeiramente, falta estudo para essas pessoas. O melhor caminho é o estudo do primeiro capítulo de A Gênese, em que Kardec coloca o sentido de “revelação” que a doutrina espírita tem. Ela é fruto de um conjunto de fatores que levam em conta o momento histórico em que Kardec vivia, bem como ambiente – o próprio fato de ter vindo num meio cristão e ressaltando a presença de Jesus como guia e modelo. Nada é gratuito, e deve ser levado em conta não para nos exaltarmos e nos valorizarmos como se fôssemos o último biscoito do pacote, mas sim para pensarmos em tudo que estamos fazendo para mudarmos de atitude: os cristãos sempre foram muito intolerantes ao longo dos séculos, a doutrina espírita nos chama a atenção para a possibilidade de termos cometido crimes no passado, cujas consequências possamos estar nos deparando na atualidade, abrindo-nos a oportunidade de repará-los. Não é uma revelação vinda do céu, mas uma conclusão de um trabalho hercúleo de um homem inteligente e ponderado, que organizou as mensagens e procurou estabelecer uma lógica entre elas.
Em segundo lugar, Kardec jamais disse que os Espíritos eram infalíveis. O maior exemplo disso está na própria A Gênese, em que Kardec orientou que seguíssemos a ciência caso o Espiritismo tivesse se equivocado em algum ponto. A ciência trouxe diversas contribuições que poderíamos analisar e mesmo trazer para a doutrina – até mesmo para não ficarmos alienados; contudo, vemos uma preferência pelas obras psicografadas que, mesmo trazendo equívocos, continuam sendo adotadas de maneira cega. Um bom exemplo são os estudos históricos, que desmentem diversas obras adotadas de maneiras irrestrita. Os tais dez mandamentos, por exemplos, encontram-se no Código de Hamurabi, assim como o dilúvio de Noé está também na epopeia de Gilgamesh, textos mais antigos e que certamente influenciaram os escritores da Torá – inclusive, questiona-se sobre a existência de Moisés, já que a arqueologia até hoje encontrou muito poucos dados sobre a passagem dos hebreus no Egito. Mesmo que a ciência material não tenha chegado ao Espírito, devemos estudar todas as contribuições, pois os Espíritos podem ter se equivocado em algum ponto ou fornecido informações pontuais com base na realidade científica à época.
Quanto à questão do consolador prometido, creio que devemos observar com certa reserva, porque essa expressão foi usada por um Espírito Israelita, que tinha por objetivo chamar a atenção de irmãos encarnados judeus, conforme Sergio Aleixo explicou. Desde então, cantamos essa pedra como forma de converter cristãos, com base numa afirmação do evangelho mais complicado e metafórico, que é o atribuído a João – as autorias são todas arbitrárias, e esse evangelho por pouco não entrou no cânone, pois era considerado herético à época; aliás, os estudos históricos têm mostrado que esse evangelho parece ter sido uma espécie de resposta ao evangelho atribuído a Tomé, que não entrou no cânone, mas que guarda relações bem interessantes nesse sentido. Eu prefiro adotar a doutrina espírita por ela me parecer a mais lógica e melhor explicar diversos problemas humanos, além de propor as soluções mais coerentes, não por ser considerada a terceira revelação por alguém.
Por fim, vamos à questão das obras sociais de médiuns famosos. Chico inaugurou um modelo que se consagrou depois: um médium recebe livros por meio da psicografia, e doa esses livros para o benefício de uma obra que auxilia várias pessoas, com base na tese de que a mediunidade deve ser gratuita. O uso do comércio para auxiliar pessoas deve ser analisado com cuidado, pois não deixa de ser uma troca: eu doo dinheiro porque recebo um livro; não deixa de haver um lucro para alguém – nem vou entrar no mérito das obras; contudo, atualmente, há obras tão caras que dá para se questionar até que ponto se precisa pagar tanto para se ter acesso ao conhecimento. Kardec, por outro lado, procurava vender esses livros a preços módicos exatamente porque a finalidade principal era a difusão do conhecimento, e tudo que escrevia era bem simples – apesar de as traduções para a língua portuguesa não ajudarem muito nesse sentido. Assim, o princípio de doação para a obra social deveria partir do livro ou a doação pela doação, pela mudança da situação social das pessoas? Podemos montar uma obra social e ajudar diversas pessoas sem necessariamente ganhar prestígio por conta disso, porque o próprio O Evangelho Segundo o Espiritismo tem um capítulo que diz que a mão esquerda não pode saber o que faz a direita; portanto, o bem deve ser feito em segredo, sem que ninguém saiba. Quando consagramos alguém que se diz caridoso por ter uma obra, exaltamos sua vaidade. Além de exaltarmos o médium, passamos a tratá-lo como uma espécie de guru, e o Espírito que se comunica pelo médium passa a ser tratado como algo inquestionável. É quase um retorno ao tempo dos oráculos. E Divaldo trouxe um outro elemento: o médium psicógrafo também passou a ser palestrante; e muitos médiuns psicógrafos palestrantes passaram a realizar cursos, seminários e congressos (geralmente, bastante caros) sobre os próprios livros, com o objetivo de vendê-los. Se o objetivo é fazer a caridade, é preciso tudo isso? Se for assim, então estamos mais para Leymarie do que Kardec.
Esse procedimento acaba trazendo outro problema: como o médium passa a ser tratado como guru, não se deve questionar suas palavras, muito menos suas obras; e os trabalhos sociais acabam servindo de álibi, como se fosse uma virtude divulgar que se faz “obra de caridade”. Ou seja, novamente caímos no problema da vaidade e da falta de senso crítico. Tanto o médium quanto o Espírito comunicante podem errar; o que não podemos é aceitar tudo sem a lógica e o bom senso, como se as palavras fossem absolutamente sagradas.
Quanto às histórias e mensagens edificantes, penso que devemos sempre revisitar a obra de Kardec para percebermos o teor dessa edificação; muitas vezes, esbarramos em alguns atavismos de outras doutrinas e totalmente contrárias a o que Kardec pesquisou, fora mensagens com teores completamente desconectados da nossa realidade atual, como um machismo que nem em Kardec encontramos, fora recomendações de evitar confrontos e debates, quando o próprio São Luis recomenda que o mal seja divulgado quando prejudicar diversas pessoas – ou seja, trocamos O Evangelho Segundo o Espiritismo por uma mensagem de Ermano Manuelmanuel ou de André Luiz. E o resultado disso é a omissão completa das organizações espíritas, sejam médicas, sejam federativas, frente ao genocídio promovido, com milhares de mortes diárias, justamente por questionar uso de máscaras e vacinas. A omissão também nos compromete, especialmente ante esse desastre pelo qual estamos passando.
C.I - Os ensinamentos de Jesus são claros no que diz respeito a riqueza, ou seja, ele afirma que o rico não entrará no reino dos Céus. Muitos estudiosos veem nos ensinamentos de Jesus fundamentos do comunismo. Por que muitos espíritas têm aversão ao comunismo?
FA - Boa parte da influência contrária ao comunismo tem por base as obras de Ermano Manuel e Humberto de Campos. Como mal se estuda Kardec muito menos as obras de Marx – nem falo dos discípulos e continuadores de Marx, mas ler Marx em si – então, esse preconceito permanece.
Aliás, esse é um problema que não existe somente entre os espíritas, mas permeiam diversas religiões por conta do materialismo histórico. No entanto, não podemos nos esquecer de que vivemos uma vida física, material, e que, em nome da “salvação das almas”, muitas pessoas foram arbitrariamente e cruelmente assassinadas, a ponto de termos, em reuniões mediúnicas, diversos Espíritos com ódio da figura do Cristo por conta dessas aberrações cometidas em nome do Cristo, mas que tinham por objetivo a manutenção e/ou a ampliação de um poder político. Há dois livros psicografados que colocam batalhas meio incríveis contra judeus e muçulmanos como se as Cruzadas continuassem em sentido contrário – agora, tem outro querendo colocar a culpa da pandemia nos chineses, sem levar em conta o período em que tivemos para melhorar a vida de toda a população e preferimos acumular riquezas, combater o comunismo e fazer vistas grossas para movimentos de supremacia branca, que trouxeram de volta o fascismo. Fosse da China, fosse da África, fosse da Amazônia, fosse de qualquer lugar, uma pandemia aconteceria de qualquer maneira.
Por outro lado, a breve descrição de uma comunidade cristã em Atos dos Apóstolos é muito parecida com o ideal de uma sociedade comunista. Além disso, a defesa dos pobres e o combate à opressão estatal, ainda que com amor, são argumentos que são utilizados para mostrar Jesus como revolucionário, não como mantenedor de um poder estatal massacrante, necropolítico. Todavia, como acontece com os diversos textos sagrados – podemos incluir os livros de Kardec e os diversos psicografados – os estudos são pontuais, valorizando determinados trechos considerados convenientes à doutrina professada, deixando de lado aquilo que é incômodo ou contraditório. É por essas e outras que cristãos não conhecem a Bíblia a fundo, e espíritas não conhecem Kardec a fundo.
De qualquer forma, devemos também tomar cuidado com outro aspecto: as pessoas querem que o Espiritismo se baseie na Bíblia, quando Kardec pincelou a parte moral como sendo a essência a ser seguida. Deolindo Amorim mesmo colocou que é o Evangelho Segundo o Espiritismo, não o Espiritismo segundo o Evangelho. Se há relações possíveis entre Jesus e comunismo, deve-se levar em conta a visão espírita e o estudo também de obras de Marx; o que vemos muito são posturas do tipo “ouvi dizer”. É por essas e outras que temos palestrantes-estrelas falando tantas bobagens nas redes sociais – um bom exemplo é que apresentam informações sem citar as fontes. De tudo que falei, posso dizer o que são informações colhidas, e outras que são percepções pessoais ou intuitivas.
A base da doutrina Espírita é a lei da natureza, conforme ensina Jorge Medeiros. Se todos fomos criados simples e ignorantes e temos por destino chegar à perfeição, e se toda desgraça que temos sobre a Terra é obra humana, cabe a nós, Espíritos encarnados, consertar o que for possível.
Ainda não é possível criar um movimento mundial baseado nas ideias espíritas, já que nossas ideias são extremamente minoritárias; contudo, especialmente com as redes sociais, creio que não seja impossível procurar promover um despertar para a mudança social. Se esse ideal de mudança for ideias socialistas, por que não as conhecer, estudá-las mais a fundo, compreendendo causas e consequências? Da mesma forma, por que não estudar Kardec mais a fundo, bem como entender o que as ciências nos trazem a respeito, para que possamos entender melhor o mundo em que vivemos e de que forma podemos pensar como transformá-lo?
Sem união nem trabalho, não vamos conseguir fazer nada.
Olá, Filipe!
ResponderExcluirGosto do estilo que escreves. Sim, sim; Não, não. Parabéns!
Jorge Luiz