Onde está nosso centro, ali estará nosso equilíbrio, embora já não possamos garantir por quanto tempo estaremos centrados, haja vista a imensidão de chamados, os ruídos e os impactos de um convívio social cada vez mais agressivo estejam nos abordando a cada encontro com o outro.
Moramos no país da discórdia, que ora assume as feições mais repugnantes no ninho branco do cristofascismo.
A política e a religião estão utilizando os ingredientes da força para gerar um treva espessa em benefício dos privilegiados, enriquecendo ainda mais os bilionários e catequizando as gerações no afã da guerra interna, na qual todos morremos para que uma ideologia autoritária sobreviva.
Como reagir a esta sentença?
Os profetas clamaram pela liberdade desde o tempo no qual era preciso se alimentar de gafanhoto e mel, na clausura das montanhas, por incompatibilidade com os despudores do poder.
Desde o princípio, foi política e economia, mando e silenciamento das vozes da vida, sob a batuta violenta do instituído.
Não será no temor da solidão e no medo do descontentamento que encontraremos a fantasiada paz, pois estamos em tempos de guerra. Toda guerra persegue poder político e econômico, pois estas chaves prendem vidas e subjugam corpos e mentes nas necessidades forjadas.
A batalha não é espiritual, é política!
O bem não veste etiqueta de luxo, pois luxuoso é ser humanitário, e nestas paragens os bem vestidos já podem ser compreendidos como sepulcros caiados.
O mal não mora com a pobreza e há eras frequenta salões engalonados. O mal está no proceder das políticas letais, disfarçadas em sorrisos e discursos, entre aplausos e seduções de consumo, seu império cresce.
Não temos inimigos encantados, o que nos falta é corrigir a distopia ensinada. Temer a maldade será reconsiderar um sistema de crenças violento que impera entre os bem pagos, para domesticar explorados.
Pisamos no solo da discórdia, os príncipes malditos e as potestades constroem caminhos de ódio, enlameiam o nome sagrado em suas pulsões de morte e chamam irmãos de comunistas, esquerdistas, carniça, no depauperado reino do individualismo religioso/classista.
Não é tempo de dizer amém.
É importantíssimo trazer esse assunto à baila para que possamos tirar esse caráter religioso da política partidária.
ResponderExcluirSó assim conseguiremos analisar a política como ela realmente é.