Estamos cercados de violências por muitos lados! Perceber esta nuance e relacionar tal fenômeno ao momento político do nosso país, tem levado muitos de nós ao cansaço; desde o esgotamento físico, com sensações de sonolência e letargia, ao desânimo que entristece e adoece. Mas isso não é o fim.
Apesar de feridos, foi possível perceber que o Brasil resiste e também pode exalar esperança, aglutinar força e enviar às instituições que não conseguem nos representar no cumprimento dos papéis sociais que justificam suas existências uma mensagem nova, de luta.
Sabendo que não estamos iludidos e cada dia nos aproxima do “tudo ou nada” nessa partida contra Bolsonaro, saímos outra vez às ruas, com intuito de lutar pela vida!
Nem todos estivemos do lado de fora de casa, mas de cada ponto do país lutamos como foi possível, e gritamos essa denúncia, indignação, repúdio pelo bolsonarismo, que é uma energia de morte avalizada pelo capitalismo predatório, colonialista, arcaico e assassino.
Um ano e meio de reclusão não nos salvou de meio milhão de mortes, pois a classe política brasileira e as instituições negociaram nosso ar, permitiram que Bolsonaro tripudiasse sobre cada célula dos corpos irmãos, utilizando recursos públicos para disseminar negacionismo, na materialização do genocídio.
Não há segurança para nenhum de nós, e a violência espalhada pelo Estado nos sufoca, persegue, agride e desestabiliza os caminhos democráticos, que no Brasil sempre foram tortuosos e íngremes, mas agora foram tornados chacota, via de impotência comum.
No entanto, voltar às ruas foi a quebra de um grilhão psicológico, uma assunção interna da pertença legítima que possuímos como filhos e filhas dessa terra vilipendiada, mas nossa casa comum.
É pelo ar que lutamos!
Ar que irriga os pulmões, a consciência, a identidade, a persona política de direitos e destinos que precisamos resgatar!
O #foraBolsonaro segue conosco, e agora estamos nos reconhecendo outra vez, com este sagrado direito de viver e lutar por isso, derrubando tudo o que represente bolsonarismo.
Não estamos somente nas ruas, estamos na história do Brasil, contra o genocídio.
Já passou da hora de tirar o inominável do poder - e, com ele, todo o grupo.
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