O interior de Alagoas é um microcosmo girando sua energia política em sintonia com as outras partes do Brasil.
Se algum dia o leitor ou leitora imaginou que funcionasse isoladamente, confirmo o equívoco. Estes rincões se movimentam com as mesmas trações políticas que influenciam as demais localidades, embora em cada canto os fazeres culturais apresentem adornos próprios.
Por aqui, assim como por lá, o negacionismo afeta a vacinação, como elemento secundário no atraso provocado pelas políticas genocidas de Bolsonaro.
Mas o curioso caso que vos trago relata uma verdadeira luta travada por instituições locais no intuito de garantir a uma pessoa idosa o seu direito de ser vacinada, pois algumas pessoas estavam impedindo a imunização da senhora “por amor” a ela, para que não morresse com os efeitos da vacina.
Eram seus netos e netas.
Sim, os netos da idosa são negacionistas, antivacinais e acreditam nas notícias falsas que o gabinete do ódio centrado nas capitais do poder, espalham para todo país.
A senhora em questão, queria a vacina. Acostumada a ver filhos e netos serem vacinados, não caiu no conto da milícia e resolveu pedir ajuda para ter acesso à dose do imunizante.
Técnicos da saúde local e representantes de instituições com força de garantia, enfrentaram a resistência dos familiares para realizar o desejo da senhora, que recebeu a dose, como desejava.
Quem disse aos netos da idosa que a vacina mata? Os disparos diários de mensagens pelo zap, como eles chamam a rede social responsável pela divulgação de fake news com maior poder de alcance.
O lar dessa família está localizado em uma área distante da faixa urbana, onde a renda garantida vem das aposentadorias e o subemprego disputa com auxílios, a sustentação dos corpos.
Mas o aparelho celular está presente, movimentando um nicho de coerção ao misturar ignorância com fundamentalismo religioso evangélico, como é o caso.
Eis o Brasil que atropela e condena o Brasil, a pleno vapor, nas asas da impunidade!
Quantas outras pessoas idosas estarão reféns da negativa de filhos e netos negacionistas, que também não usam máscaras e chamam o coronavírus de “doença política”?
Essa doença é pior que a covid.
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