Trabalhadores almoçando em canil em obra da Prefeitura de Joinville, SC
Por Ana Cláudia Laurindo
Até que enfim está sendo possível debater amplamente sobre a escravização de pessoas no Brasil!
Não que o tema seja atraente, mas por ser necessário, haja vista a renitência da classe empresarial e latifundiários, em manter os louvores das posses sobre ombros humanos por eles desumanizados.
Há quem não goste. Quem não admita. Gente que acostumou a justificar o que o outro padece, envolvendo lorotas moralistas que sempre casaram muito bem com todo perfil escravagista.
Mas o tempo do horror tem laivos de iluminação, como se abrissem fulgores na noite escura que precisam ser aproveitados para expandir clarões mentais, com a tocha da racionalidade acesa, ainda que enfrentando brumas e névoas espessas.
A Terra se torna mais leve quando o silêncio dos oprimidos se transforma em gritos!
Quando a morte da esperança consegue parir amanhãs.
Que o Ministério dos Direitos Humanos aproveite bem esse instante em favor dos machucados, dos que perderam dias sob sombras e adoeceram na amargura.
Que a sociedade não descarte esse alimento amargo como se não lhe fosse intrínseco, pois é na permissividade cotidiana que o mal enraíza, vira cultura e sentença aceita.
Do Sul ao Norte, entre o Sudeste e o Nordeste, o Brasil desperte para a cidadania integral!
Aproveitemos essa barra de luz que o horizonte mostra, pois a treva está agitada, tentando encobrir e justificar o crime com mil e uma narrativas, na guerra por interpretação do real.
Não perca tempo, ilumine o pensamento de alguém com sua voz.
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