Por Roberto Caldas
Corações e mentes inquietas acompanham o passar de mais uma noite sem conseguirem silenciar angústias e medos diante da expectativa de um despertar do sol, cujo dia raiado projeta agruras, infortúnios, desventuras. Muitos há que perambulam as vielas do mundo sob a perseguição de sofrimentos inimagináveis por aqueles que lhes desconhecem a realidade espinhosa. São os filhos da fome, da guerra, do egoísmo e da ambição humana.
Apesar de tão pesadas nuvens que tornam turvos e complicados o horizonte de uma população de pessoas alcançadas pela dor social da invisibilidade tornando-as presas fáceis dos descalabros e das injustiças, uma luz brilha no fim do túnel.
Cresce no entorno do planeta um clamor que, progressivo à medida que passam os séculos, se levanta em contradita ao desrespeito criminoso que alcança conglomerados marginalizados. Mais e mais pessoas se levantam em torno da construção de um tempo que permita evitar a continuidade da destruição dos seus semelhantes.
Admita-se ainda a existência daqueles que, no passado, vibravam com os espetáculos degradantes das arenas, em torcida alucinada pelo derramamento de sangue e no presente são inflamados defensores da belicosidade que explica a violência que persiste. Constituem minoria na atualidade.
A massa populacional deseja a atmosfera de Paz, como uma frágil planta clama inconscientemente pela luz do sol. Alterações na legislação humana na direção da proteção à vida em todas as suas derivações indicam a adoção de medidas que impõem o afloramento de uma cultura paulatinamente favorável à convivência coletiva pacífica.
A construção da Paz é uma concepção de profundas raízes que reverbera desde as mais antigas civilizações. Exigiu sacrifícios gigantes de semeadores que foram capazes de entregar as próprias existências como afirmação de isentar-se do uso das mesmas estratégias violentas que lhes ceifaram a vida.
Os verdadeiros pacificadores a proclamaram porque identificavam sua escassez no entorno, mas estavam plenos interiormente. Certamente por isso não foram compreendidos.
A história está repleta dos exemplos desses mártires pela Paz. A chave de como a encontraram, eles a levaram consigo.
Aproximar-se das comemorações simbólicas do nascimento de Jesus permite a reflexão.
Aonde estará o espaço da Paz?
Existirá em alguma esquina dessa estrada íngreme, acidentada e sem esquinas?
Como alcançar esse espaço?
De que forma colaborar para a construção da Paz no mundo? Podemos?
Esse texto reacende a esperança em meu coração, na crença de que é possível sim compartilhar a Paz na terra
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