Por Ana Cláudia Laurindo
A necessidade de assumir lados religiosos tem sido imposta como parte das relações nas redes sociais. Uma imensa configuração de grupos trabalhando pela distinção, segue alimentando a correria pela visibilidade a partir de temáticas fugazes, embora a maioria seja antiga.
Importa fomentar algum tipo de debate; como levantar a ponta de uma película, na certeza de que a inflamação do ato reverterá em engajamento, pelo bem ou pelo mal estar causado.
Embora esteja eu mesma aconchegada em um lugar próprio onde sigo espírita, mas poeticamente laica, percebo o manejo com o termo “evangélico” a partir de figuras recentes, conhecidas a partir de fama e dinheiro, participação política fundamentalista, como se fossem os únicos representantes do evangelismo.
Sabemos que não são. Mas na mistura das redes o óbvio é esquecido.
Desse modo, considero armadilha dissertar sobre opiniões que servem apenas para alimentar o cotidiano das big techs, expondo muitas vezes preconceitos sob bases de crenças que pertencem a muitos, para responder a um fenômeno de mídia.
Baby não representa os evangélicos nem Ivete representa um pensamento libertário. Ambas gravitam em torno de percepções e likes, fazendo parte da órbita esvaziada de sentido histórico comum com retorno financeiro em forma de monetização online.
Acabou o carnaval.
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