Por Roberto Caldas
O Sermão do Monte se constitui no mais belo e épico poema de todos os tempos. Traduz o mais genuíno e profundo sentimento de Jesus a respeito da existência no planeta. É neste belíssimo texto que Jesus expõe as Bem-Aventuranças e recita o Pai Nosso, ensina-nos a construir a casa sobre a rocha e recomenda seja posicionada a própria luz para resplandecer
.Envolvido pela multidão que o cercava, Jesus dispõe de forma leve e tranquila as orientações para qualquer um que pretendesse tornar a existência uma convocação para as conquistas da alma em meio à luta pelos movimentos da sobrevivência, batalha essa que pode os olhos da espiritualidade necessária à conquista da maturidade da alma.
Conhecedor de nossas grandes dificuldades, eis que Jesus resolveu por certo, naquele momento, deixar uma cartilha com lição imorredoura e que pudesse ser buscada quando os problemas da caminhada parecessem demasiados grandes para serem suportados. O poema se encontra inscrito em Mateus nos capítulos 5, 6, 7. Traça-nos o caminho mais adequado para manter saudáveis os relacionamentos humanos trazendo à baila o que se tornou a regra de ouro: fazer ao outro o que espera que se lhe seja feito. Conclui chamando a atenção daqueles que escutam as suas palavras e não as praticam declarando-os como os insensatos que constroem a sua casa sobre o terreno arenoso, sob os riscos de ser apanhado pelas chuvas e tempestades sofrendo destruição de sua edificação.
A Doutrina Espírita reforça as orientações do Sermão do Monte quando conclama aos seus seguidores a observância da prática dos ensinamentos cristãos como fator diferencial nas atividades da rotina de cada um. Ao estabelecer que o templo religioso do ser encarnado seja todos os ambientes que frequenta nas suas atividades regulares, o Espiritismo faz um convite para a transformação de cada momento em uma oportunidade de espelhar a ambiciosa visão de Jesus de tornar a Terra uma estação de paz e harmonia para todos. Tornar-se a estação final da divulgação do mal, segundo nos ensina o Espírito André Luiz pela psicografia do Chico Xavier, caracteriza o esforço possível de empreender para uma postura renovada da atitude a ser tomada por cada pessoa diante dos desafios da convivência e das respostas controversas que recebemos nas discussões de cada dia.
A compreensão clara de que não são as dificuldades ou os reveses, as ingratidões ou as injustiças que sofridas que produzem o mal. Sim aquelas que praticadas na direção do outro geram mal. Essa a tônica da prática a ser incorporada por aqueles que escutam as palavras de Jesus e as coloca em prática.
O convite que ecoa requer a coragem de edificar a casa sobre a rocha, aptidão para suportar as agruras do mau tempo sabendo que depois da tempestade vem a pureza dos bons ventos para aqueles que não se abatem e prosseguem trabalhando apesar do tempo ruim do presente. Jesus ainda arremata em Mateus 24:13: aquele que perseverar até o fim será salvo.
Uma poesia para um mundo caótico. Sermão do Monte.
🙏🙏🙏🙏🙏 Ótimo texto
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