Por Doris Gandres
Agosto, mês em que há muito tempo se comemora e homenageia os pais. Gesto de carinho e reconhecimento que vem se tornando praticamente uma tradição. Gesto merecido e dever de todo filho, independentemente de quem seja o pai e onde esteja.
Sabemos todos da grande importância e responsabilidade envolvendo a paternidade, aliás assim como a maternidade. Desde remotas idades essa responsabilidade nos tem sido apontada de diversas formas, através de diversas filosofias e religiões, inclusive pela lei humana, e não apenas através da nossa doutrina.
Sabemos que filhos, biológicos ou não, requerem de nós toda atenção, toda dedicação, em relação ao seu desenvolvimento, seja físico, intelectual ou espiritual. Cabe aos pais as primeiras noções de educação, educação de princípios baseados em valores morais e fraternos.
Todavia, quero propor uma reflexão mais aberta, mais ampla, sem que nos prendamos ao significado usual dessa palavra paternidade.
Será que avaliamos a extensão de todos os aspectos que envolvem essa condição de paternidade? Estará a paternidade ligada somente ao fato de termos contribuído para gerar o corpo físico de um espírito, a nós ligado de alguma forma, propiciando-lhe a oportunidade reencarnatória?
E a paternidade das nossas escolhas com relação aos caminhos que decidimos percorrer? E a paternidade de nossos exemplos e de nossas atitudes que não atingem somente a nós, mas a quantos nos cercam, próximos ou distantes? E a paternidade sobre nossos pensamentos e sentimentos, que tanto bem ou tanto mal podem causar a nós e a todos os demais, inclusive ao envoltório fluídico do nosso planeta e até extravasando para o espaço?
Sob esse ângulo mais aberto e amplo, temos muito a considerar além da paternidade física – e isso não se refere apenas aos pais, mas a todos nós seres humanos, de qualquer sexo, mais ou menos capacitados para avaliar de forma isenta e imparcial esses e tantos outros aspectos por nós gerados.
Ótimo artigo.
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