quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

O SUPREMO E A CRUZ*

 


Por Dora Incontri

Desde a chegada (ou invasão) dos portugueses em terras depois chamadas brasileiras, a promiscuidade entre Estado e religião é histórica, enraizada a fundo em nossa tradição. De início, não havia contexto histórico para ser diferente: o projeto de colonização estava pautado juntamente com a Contrarreforma. Inácio de Loyola, o superior de Manuel da Nóbrega (há cartas enviadas do Brasil deste último para o fundador da ordem jesuíta), encabeçava um movimento internacional de reconquista das almas, perdidas para a Reforma protestante.

domingo, 26 de janeiro de 2025

PRÁTICA ESPÍRITA - DECEPÇÕES E DIFICULDADES

 

Por Orson P. Carrara

Quais as decepções que o leitor tem encontrado na vivência espírita? Com o grupo a que se vincula? Com a instituição a que se filiou? Com dirigentes, escritores, palestrantes ou médiuns?

E quais as principais dificuldades? São consigo mesmo, no perceber mais claro das próprias percepções? Ou é com o grupo mediúnico? Ou com o dirigente? Ou são oriundas de dúvidas?

Vejam quantos panoramas se abrem....

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

FILOSOFIA DA FELICIDADE

 

 

 Por Jerri Almeida

 O que é efetivamente a felicidade? Como lográ-la? Tais questões vêm acompanhando o pensamento e o coração humano através dos tempos. No passado, levantou-se a filosofia para explicar o enigma da vida e da realidade humana. Pensadores diversos, principalmente na Grécia, apresentaram visões explicativas da felicidade humana, algumas impregnadas de negativismo, fruto natural dos conflitos pessoais daqueles que as formulavam. Outras, todavia, traziam perspectivas otimistas e enobrecedoras, visando a promoção da criatura humana.

sábado, 18 de janeiro de 2025

MATERIALISMO - CHAGA DA SOCIEDADE

 

Por Doris Gandres

N’O Livro dos Espíritos, q. 799, os Espíritos Superiores afirmam ser o MATERIALISMO “uma das grandes chagas da sociedade” e nos comentários de Allan Kardec à q.148 encontramos a seguinte afirmação: “Uma sociedade fundada sobre essa base (o materialismo) traria em si mesma os germes da dissolução e os seus membros se despedaçariam entre si como animais ferozes. O bem e o mal já não teriam sentido, o homem estaria certo em não pensar senão em si mesmo e, ao colocar acima de tudo a satisfação dos prazeres materiais, os laços sociais estariam rompidos”.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

O ESPIRITISMO E A RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS*

 


Por Wilson Garcia

Bate-se contra toda uma tradição semântica do termo religião, tornando inócuos os esforços, de Kardec até aqui, para a redefinição da palavra. Os adeptos do aspecto religioso compreendem a necessidade do desenvolvimento de uma outra consciência: a consciência de uma religião científico-filosófica, onde razão e fé signifiquem signos complementares um ao outro, mas isso implica o estabelecimento de uma nova experiência social, capaz de fornecer os elementos fundadores de uma nova e convincente cultura.

domingo, 12 de janeiro de 2025

O CENTRO ESPÍRITA: O QUE PENSOU KARDEC

            

        

Representação gráfica de uma sessão na SPEE (créditos: CCDPE-ECM)

Por Jorge Luiz

             Em Salvador, 1865, foi fundado o primeiro centro espírita no Brasil, por Luis Olímpio Teles de Menezes, denominado Grupo Familiar do Espiritismo. Teles ficou conhecido pelas polêmicas travadas pelos representantes locais da Igreja Católica. Em 1866, Teles publicou O Espiritismo – Introdução ao estudo da doutrina espirítica, a partir de extratos de O Livro dos Espíritos. Somente sete anos depois (1873) irá surgir no Rio de Janeiro a segunda instituição espírita – O Grupo Confúcio, que foi o responsável pela primeira tradução das obras de Allan Kardec.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

NA PRÁTICA DO EVANGELHO, O SISTEMA PRISIONAL TEM SOLUÇÃO

 

Por Jorge Hessen

As penitenciárias, de hoje, lembram bastante as masmorras medievais. Onde está o processo avançado das conquistas tecnológicas e sociais? Notamos que os cárceres, atualmente, não servem para educar, pelo contrário, neutralizam a formação e o desenvolvimento de valores intrínsecos, estigmatizando o ser humano. A rigor, as prisões vêm funcionando como máquinas de reprodução da criminalidade. Tudo agravado pelo péssimo ambiente prisional, pela ausência de atividades produtivas e pela superlotação carcerária. Isso, sem levar em conta a rejeição da sociedade pelos ex-presidiários.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

COMO SOBREVIVER AO TEMPO DA MORTE?

 

Nascer do sol no Morro da Urca-RJ

Por Ana Cláudia Laurindo

Não estamos presenciando apenas um “novo tempo” cronológico, mas uma nova forma de ser em um tempo marcado por desafios novos e isto não significa necessariamente, um avanço.

A virtualidade associada ao dinheiro e ao consumo, vociferam contra as maneiras conhecidas de maturação, formação e afirmação das habilidades humanas, que deram suporte à modernidade. Tudo acontece muito rápido, e as exigências estão ligadas aos efeitos, e não aos elementos qualitativos, que passaram de fundamentais para mote de desdenha.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

JUSTIÇA E PAZ*

 

 

 

Por Doris Gandres

"Bem aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus." Jesus

      Em abril de 1970, Divaldo Franco nos brindou com um belíssimo livro: Poemas de Paz, do Espírito que se identificou com o nome de Simbad. Nesse livro, calcado em ensinamentos de Jesus referentes à paz e consoante ao Evangelho Segundo o Espiritismo, o Amigo Espiritual, utilizando o formato de um diário, reservou sempre um conceito para meditação a cada um dos dias do ano.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

O TEMPO - PRESENTE DO ETERNO*



“Comparemos a Providência Divina a estabelecimento bancário, operando com reservas ilimitadas, em todos os domínios do mundo. Pela Bolsa de Causa e Efeito, cada criatura retém depósito particular, com especificação de débitos e haveres, nitidamente diversos, mas, pela Carteira do Tempo, todas as concessões são iguais para todos.”
                                                              (Estude e Viva, F.C. Xavier e Waldo Vieira)






Por Jorge Luiz

            Toneladas de fogos de artifícios! Expectativas! Simpatias! Bebidas! Músicas! Tudo para atender a demanda do sensorial. Eis um pequeno resumo do que é a passagem do ano em todo o mundo. Em pouco tempo, a vida volta à rotina e se percebe que tudo continua como dantes no quartel d’ Abrantes.
            Envolto nos burburinhos da vida o homem não dispensa um tempo do seu tempo para meditar sobre o significado e a importância do tempo em sua vida.
            “O que é o tempo afinal? Se ninguém me pergunta, eu sei; mas, se me perguntam e eu quero explicar, já não sei.” Assim, Agostinho de Hipona conhecido universalmente como Santo Agostinho, define o tempo em sua autobiografia Confissões. Talvez uma das melhores definições sobre o tempo, pois atende à compreensão do vulgo. Quem poderá defini-lo?
            O Espírito Galileu, em “A Gênese”, no capítulo VI, assim define o tempo:

“O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é susceptível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela não há começo, nem fim: tudo lhe é presente.” (grifos nossos)